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FILHO DO FOGO volume 1 - suelymmarvulle

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Essa foi uma das primeiras descobertas práticas que de fato fascinaram o Grupo.<br />

Saímos todos cheios de sorrisos naquela noite.<br />

***<br />

Capítulo IV<br />

A partir daí passamos a desenvolver uma série de pequenas experiências todas as<br />

reuniões. Muitas outras eram dadas para serem feitas individualmente durante a semana, e<br />

depois comentávamos em aula, discutíamos os resultados individuais.<br />

O ato de esvaziar a mente e entrar em simbiose com o Vazio tornou-se tão<br />

corriqueiro que até perdeu a graça. Aprendemos a entrar naquele estado muito facilmente.<br />

Atingido este nível, Zórdico passou a induzir o Grupo na arte de “dar asas à imaginação”.<br />

Parecia realmente uma brincadeira de faz-de-conta, no princípio. Houve uma infinidade de<br />

exercícios semelhantes que visavam sempre o mesmo propósito: estimular a imaginação.<br />

Certa ocasião Zórdico orientou-nos a projetar uma rosa bem diante de nossos olhos.<br />

Devíamos imaginar que chegávamos perto, muito perto dela, tão próximos que<br />

começávamos a ver e sentir a textura das pétalas. Mergulhávamos por entre elas, atingindo<br />

o centro, descendo por dentro do caule junto com a seiva, explorávamos as raízes. Doutra<br />

feita, uma grande seta vinha em nossa direção. A ponta dela lentamente aproximava-se de<br />

nossas cabeças, e terminava entrando dentro de nós pelo chakra do meio das<br />

sobrancelhas. Uma outra vez, um pouco antes da seta entrar nós nos imaginávamos<br />

transportados para a seta, e então nós éramos a seta. Eu me imaginei entrando dentro de<br />

mim mesmo, descendo pela medula espinhal até o fim e então caindo dentro da pelve, no<br />

meio das vísceras quentes e pegajosas.<br />

As experiências pareciam não acabar mais. Era muito doido imaginar o que não<br />

imaginaríamos nunca! Era gozado... produzia às vezes uma sensação estranha!<br />

Mas por que fazíamos aquilo? Eu ainda não tinha compreendido bem.<br />

— As pessoas são diferentes, há quem se adapte melhor a este ou aquele método.<br />

Até então são apenas exercícios, nada disso é real de fato. É apenas uma maneira de<br />

estimular a todos! — Disse-me Marlon, explicando, mas sem explicar nada. — Mas vai<br />

chegar o momento em que será real! Vocês serão capazes de ser detentores de grandes<br />

Poderes! Nem todos alcançarão este estágio. Por enquanto todos caminham juntos, mas<br />

você já aprendeu que o potencial individual é... individual. Alguns irão mais à frente...<br />

outros não chegarão à tanto! Mas por enquanto, todos são capazes de acompanhar.<br />

Grandes Poderes... o que ele queria dizer exatamente? Coisa de louco???? Sei lá...!!!<br />

Mas eu queria ver no que ia dar. No fundo, eu achava que Marlon estava exagerando<br />

um pouco, prometendo coisas que... enfim... o fato é que, fruto de mera sugestão ou não,

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