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FILHO DO FOGO volume 1 - suelymmarvulle

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Sumo-Sacerdote também não. Mesmo assim pensei que era só. Cochichei para Marlon:<br />

— Arre, Marlon, já acabou?<br />

— Não. — Respondeu ele achando graça. — Nem começou ainda!<br />

E convidou-me a ajoelhar ali aonde estávamos.<br />

— Ajoelhe-se agora, Eduardo. — Disse Marlon pondo-se também sobre os<br />

próprios joelhos. — Ajoelhe-se e aguardemos um pouco. — Ele tocou levemente em meu<br />

ombro, de forma solene. — Você irá receber o revestimento do Fogo!<br />

Ele dedicava toda a sua atenção apenas comigo. Reparei que Rúbia continuava ao<br />

lado de Thalya e a orientava da mesma maneira.<br />

Tão logo nos ajoelhamos, eu, Marlon, Rúbia e Thalya, imediatamente as músicas<br />

recomeçaram. Só que em tom bem diferente agora, todo o povo cantava em alta voz, os<br />

instrumentos rejubilavam. Havia um tremendo órgão de tubos por detrás do véu. Ele<br />

ainda não havia soado mas claramente passei a distinguir o seu retumbar potente,<br />

melodioso. Os atabaques também voltaram a sua batida em novo compasso.<br />

Marlon e Rúbia nos ensinaram algumas palavras fáceis das canções em aramaico<br />

para que pudéssemos participar com eles. Era relativamente simples porque o refrão se<br />

repetia muito. De forma que eu e Thalya passamos a acompanhar a multidão na canção,<br />

ajoelhados, aparentemente esperando por algo. Mas eu não tinha a menor idéia do quê...<br />

ou quem!<br />

Era bom estar ali! Eu me sentia incrivelmente tranqüilo. A nova música era, como as<br />

demais, gostosa, agradável, e mudava constantemente. Um som totalmente novo. Meus<br />

olhos vagavam sem parar por todo o altar, era o máximo poder ver tudo de perto.<br />

Olhei para a enorme “tenda de circo”. Havia uma abertura por onde se podia entrar<br />

e sair. O que será que tinha ali atrás que não podíamos ver?!<br />

Minha curiosidade aguçou-se mais ainda quando um jovem saiu de lá e aproximouse<br />

cuidadosamente da área do triângulo. Foi direto para a última ponta, lá atrás, onde<br />

estava o móvel esquisito coberto pelo manto. Ele retirou a cobertura expondo aos nossos<br />

olhos um enorme caldeirão de bronze, que brilhava. Outro jovem veio logo atrás do<br />

primeiro, ambos dobraram o manto e o fogo foi aceso debaixo do caldeirão. Nem reparei<br />

como o acenderam...será que foi Magia, como fez a Rúbia? De qualquer forma deveria<br />

haver um sistema de gás ali, como nas piras gigantes.<br />

Depois duas mulheres apareceram também e dirigiram-se ao armário passando a<br />

retirar muitas das coisas que havia lá. Foram arrumando meticulosamente sobre a mesa e<br />

percebi que deveria ter uma forma toda especial de dispor os objetos.<br />

Depois que tudo estava colocado sobre a mesa o Sacerdote de olhos cinzentos

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