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FILHO DO FOGO volume 1 - suelymmarvulle

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inexistente.<br />

Tomei muito cuidado para não viciar, apesar de saber que a maconha era a mais<br />

inofensiva das drogas. Procurei manter uma freqüência de apenas umas três vezes por<br />

semana.<br />

Eu estava definitivamente adaptado ao grupo. Já tinha sido descabaçado em<br />

praticamente tudo e nada mais era novidade. Isto é, quase nada...bebia, fumava, roubava...<br />

mas não estava nem aí para a mulherada! Pelo menos, não da mesma forma que a maioria<br />

deles. A turma bem que tentou me arrastar para os prostíbulos vez por outra, mas com<br />

relação a isso eu era terminantemente contra. Ia totalmente contra os meus princípios.<br />

nada.<br />

Uma ou outra vez eu até acompanhei a turma na noitada, mas não quis saber de<br />

Eles respeitavam, ainda que rissem, debochando com certo carinho.<br />

— Deixa estar, esse “catatauzinho” ainda cresce! E aí você vai deixar de ser<br />

“donzelo”!<br />

Eu dava risada junto e me defendia:<br />

— Vê lá, já cresceu, já! Mas não achei ele no lixo, né? Prefiro continuar “donzelo”!<br />

***<br />

Pouco tempo depois eu comecei a praticar Arte Marcial, Kung Fu para ser mais<br />

exato. Estava com 12 anos e os treinos eram os momentos mais cruciais para mim. Era a<br />

melhor forma de extravasar, extravasar, extravasar. Como eu precisava extravasar!!!<br />

Meu pai tinha comentado, tempos atrás, que talvez a melhor coisa para mim fosse<br />

fazer algum tipo de esporte. Quem sabe aquilo ajudava a gastar toda aquela energia que eu<br />

tinha de uma forma mais proveitosa?<br />

Resolvi acatar a sugestão e disse que queria aprender Arte Marcial. Ninguém sabia a<br />

diferença entre elas, nem eu, e então minha mãe matriculou-me numa Academia de judô.<br />

Eu suportei aquilo uma semana e desisti. Era muito chato, todo mundo se agarrando e<br />

caindo no chão. Aquilo não dava para mim!<br />

A história do Kung Fu começou meio que por acaso. Certo sábado pela manhã eu<br />

estava em casa de minha avó e havia saído para dar uma banda com o Rodolfo, um amigo<br />

de infância, por ali mesmo. A faixa chamou a nossa atenção: “Hoje! Venha assistir<br />

apresentação de Wing Chun Kung Fu”.<br />

Eu e Rodolfo fomos xeretar. A coincidência foi tanta que faltava apenas uns<br />

quarenta minutos para começar a tal coisa. Eu já era aficionado com lutas fazia tempo. De<br />

repente... aquele cartaz à minha frente!

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