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FILHO DO FOGO volume 1 - suelymmarvulle

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diferente de “Descobrir”. Concorda? Quando “inventamos”, criamos a ficção. Quando<br />

“descobrimos”, encontramos a Verdade. Há quem goste da invenção. Muitas vezes ela é<br />

mais cômoda. Mas há quem goste da Verdade. E eu creio que vocês estão aqui porque têm<br />

interesse na segunda opção. Temos somente um probleminha a ser resolvido. Um<br />

problema que apenas os que querem saber a verdade encontram: nem sempre temos<br />

consciência de quando estamos frente à ficção... e quando estamos frente à realidade.<br />

Ele ergueu-se do seu lugar e apanhou uma espécie de bandeja na prateleira ao lado.<br />

Sobre a bandeja havia um objeto esguio e alto, coberto por um pano de tecido escuro.<br />

Zórdico colocou a bandeja sobre a mesa e tocou o braço da moça à sua esquerda:<br />

— O que tem aqui? — Perguntou.<br />

Ela olhou e respondeu:<br />

— Bom, não sei, parece algo como uma jarra ou um copo bem alto, talvez.<br />

— Por quê?<br />

— Pela forma. Parece algo assim. Mesmo porque está sobre uma bandeja. Poderia<br />

também ser uma garrafa. É... parece mais uma garrafa!<br />

Zórdico repetiu a pergunta para mais um ou dois, que deram sugestões,<br />

concordando ou não com a moça. Eu observava com olhos grandes. Zórdico tirou o pano<br />

sem mais perguntas. Sob ele havia um objeto parecido com um pequenino edifício, uma<br />

espécie de castelinho de brinquedo. Nada a ver com o que havíamos pensado.<br />

— O exemplo é rudimentar mas creio que podemos passar adiante. — Limitou-se a<br />

comentar. — Vamos falar um pouco do nosso objeto real de estudos, o Oculto. Quero<br />

que todos consigam perceber a diferença. — Tornou a cobrir o castelinho com o pano. —<br />

Temos aqui uma dúvida, uma incógnita, algo que nos estimula a formular hipóteses. “O<br />

que haverá debaixo do pano?” Uma garrafa, uma jarra, um copo? Estas são as nossas<br />

teorias. Mas, deixando-as de lado, vamos ver a Verdade, vamos descobrir!<br />

Retirou novamente o pano, olhando para nós. — Percebem? Este objeto estava<br />

oculto e foi revelado. Parecia uma garrafa... era até uma hipótese plausível. Mas agora<br />

conhecemos a Verdade, ao descobrirmos o Oculto. É fácil perceber a diferença. O Oculto<br />

não é fantasia, algo criado pela imaginação humana. É a revelação de algo que existe<br />

verdadeiramente. O Oculto só está oculto enquanto ainda não o descobrimos, mas é<br />

reflexo da Verdade. Como alguns de vocês já devem ter escutado, ao conhecer o Oculto<br />

vocês conhecerão a Verdade. E a Verdade irá libertá-los do cativeiro da ignorância.<br />

Alguém tomou a perguntar. Todos desviamos os olhos para ele:<br />

— Mas quem garante que de fato encontraremos a Verdade?<br />

Zórdico foi curto na resposta:

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