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FILHO DO FOGO volume 1 - suelymmarvulle

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— Tá, não dá dica nenhuma!<br />

Houve silêncio por cerca de dez a quinze segundos. Eu ouvia o resfolegar leve da<br />

sua respiração. E a resposta veio logo”<br />

— Máquina de lavar! — Gritou ela em tom afirmativo<br />

— Acertou. Agora é minha vez.<br />

— Não! Não! Faz aí mais alguns.<br />

Concordei a escrevi sucessivamente diversas palavras a esmo. Guarda-roupa,<br />

nunchaku, doce de melão, calça jeans e “heavy metal”. De pronto na primeira tacada ela<br />

acertou todos.<br />

— Muito jóia, só que agora é minha vez. — Retruquei.<br />

— Tá bom. Peraí, peraí. Hum...hum...tá! Já escrevi.<br />

Respirei profundamente, acessei meu estado “alfa” como já havia aprendido,<br />

concentrei e esperei. Em questão de poucos segundos, ela veio. Como um sopro, a palavra<br />

brotou em minha mente. Vinda não sei de onde. Só sei que vinha, aparecia.<br />

— Orquídea branca? — Meu tom de pergunta não era para confirmar se a palavra<br />

era mesmo aquela. Apenas demonstrava admiração pela opção.<br />

— É. — Fez ela simplesmente. — “White Orquídea” foi o nome do cocktail que<br />

tomei a noite toda, no sábado, junto com o babaquinha. Foi a única coisa que valeu a<br />

pena!<br />

— Tá bom, então continua.<br />

E eu também respondi corretamente tudo aquilo que “telepaticamente”<br />

transferimos de uma mente para outra.<br />

Herbert. Romeu e Julieta. Vestido longo. Férias. Barco a vela. Piano.<br />

Aquele tipo de experiência já não era novidade, apesar de iniciado há pouco no<br />

Grupo. No começo acertávamos algumas vezes, outras vezes não. Mas à medida que nos<br />

exercitávamos percebemos que a brincadeira se tornava cada vez mais fácil.<br />

Mas as palavras tinham que ser escritas no papel, senão não dava certo. Ninguém<br />

lembrou de questionar por quê. Estávamos fascinados porque dava certo mesmo! E o fascínio<br />

dominou tudo o mais, era fantástico!<br />

Eu estava encantado. Bem mais para frente aprendemos uma outra forma de<br />

sinalização, uma espécie de gesto feito com as mão que simbolizava o ato de “pedir<br />

entendimento”. Não havia, portanto, necessidade de buscar a concentração do estado<br />

“alfa”. Nessa altura, a resposta parecia vir na mente como um sopro quase audível.

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