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FILHO DO FOGO volume 1 - suelymmarvulle

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Marcial, vencer a mim mesmo, dominar as emoções...<br />

Eu ainda não estava convencido, mas recitei: — “Forte é o Homem que vence sem<br />

lutar, mesmo que possua o poder de vencer lutando”.<br />

Como eu gostaria de poder acreditar naquilo! Era poesia demais. Procurei me<br />

controlar, mas minha paciência estava por um fio.<br />

Até que um dia o César realmente passou dos limites. Eu estava de costas<br />

conversando quando ele me pegou pelos fundos da calça e me ergueu do chão mais ou<br />

menos um meio metro, como se eu fosse um bonequinho que ele usasse para fazer<br />

musculação! Aquilo foi muito engraçado para os outros mas eu fiquei furioso. O sangue<br />

me subiu à cabeça imediatamente.<br />

— Bom... — Meu rosto afogueado estava para poucos amigos. — Não tem jeito<br />

mesmo, né, seu palhaço? Você quer brigar comigo a todo custo!!! Então vamos acabar<br />

logo com esta lenga, vai! Vamos para o estacionamento já. Ali ninguém vai separar a gente.<br />

— E ameacei entre dentes, um pouco mais alto: — Vou te quebrar inteiro!!!<br />

— Corta essa, baixinho! Você acha que pode comigo? Não se enxerga, não? —<br />

Respondeu o César com ar caçoísta.<br />

— Vamos lá já! Você não é homem?! Vamos lá agora, seu (...), que eu vou acabar<br />

com a tua raça.<br />

O pessoal que estava na classe só ficou olhando. No íntimo todos tinham raiva dele.<br />

Ninguém tentou impedir. Não sabiam nada sobre a minha vida pessoal, e muito menos<br />

sobre o Kung Fu.<br />

— Então vamos, baixinho, vamos resolver essa parada! — O César foi saindo da<br />

classe com ar cínico, achando tudo ridículo.<br />

Perto dele acho que eu era mesmo baixinho. Como se isso fosse problema!!! Bruce<br />

Lee também era baixinho! E eu era muito mais alto do que o Bruce Lee.<br />

Tudo à minha volta deixou de fazer sentido. Eu não queria mais saber de coisa<br />

alguma a não ser brigar. Tinha atingido o ponto sem retorno. Já não enxergava ninguém,<br />

não via mais nada, só deixava aflorar em borbotões aquele sentimento que eu já conhecia:<br />

ódio! Um único pensamento dominava a minha mente. Acabar com ele. Nada mais<br />

poderia me demover.<br />

Bem que a Camila tentou:<br />

— Eduardo, não vai! Prá quê isso? Você vai se machucar!<br />

Não a deixei continuar:<br />

— Não se mete que vai sobrar para você também! — Respondi segurando-a com<br />

firmeza pelo braço, falando com ira, soltando faíscas pelos olhos. — Eu não te impeço de

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