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FILHO DO FOGO volume 1 - suelymmarvulle

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— Vê se você se cobre melhor! — E concluiu seu relato: — Depois que eu vi<br />

aquela dimensão acho que... desmaiei...! Só sei que apaguei depois da visão. Se sonho,<br />

realidade, alucinação, não sei. Mas a partir daí não me lembrei de mais nada. Quando<br />

voltei um pouco ao normal eu já estava sentada numas almofadas e não mais sobre o<br />

Pentagrama. Elas sorriam para mim e me abraçavam. Foram muito gente fina! Não<br />

faltaram todo tipo de palavras doces. Então a multidão já estava como que se dispersando<br />

e uma delas disse para irmos, porque logo eu poderia encontrar-me com você de novo!<br />

— Você não ficou sabendo o nome dele?<br />

— De quem?<br />

— Do Guia. O demônio.<br />

— Ah, não. Ele não disse. Mas e aí? O que houve com você?<br />

Era a minha vez. Naturalmente eu omiti a maior parte porque era óbvio que Thalya<br />

fora a única que não vira Abraxas. E também não vira o que acontecera à menina. Testei<br />

um pouco o entendimento dela e vi que Thalya perdera a consciência de alguns momentos<br />

da Cerimônia. Eram aquele períodos em que ela ficava como que “em transe”. Perguntei,<br />

de leve:<br />

— O que deu em você? Você divagou, é?<br />

— Ah, parecia às vezes que eu estava nadando em nuvens! Uma delícia! Depois<br />

acordava, voltava ao normal.<br />

Deveria haver um propósito naquilo e não seria eu quem iria esmiuçar detalhes.<br />

Estava muito claro que ela não o suportaria agora. Um breve vislumbre do mundo<br />

espiritual a pusera inconsciente... eu não poderia contar-lhe tudo na íntegra. Me detive a<br />

falar mais da periferia da coisa, o sangue, a marca na mão, a renúncia e os prováveis seres<br />

que eu julgava ter visto também. Deixei o resto de lado. Mais tarde conversaria a sós com<br />

Marlon.<br />

Levantei e olhei pela janela. O sol havia nascido e ia já alto. Havia um desfile de<br />

carros lá embaixo.<br />

— Olha só quanta gente indo embora! — Exclamei.<br />

— Acho que a festa acabou. — Comentou Thalya, espiando também.<br />

O relógio marcava mais de sete horas. Eu não conseguia mais ficar trancado dentro<br />

do quarto. Subitamente meu maior desejo era estar lá fora e caminhar pelo verde daquele<br />

gramado.<br />

— Vamos andar um pouco lá fora? — Indaguei.<br />

— Vamos. Eu também não vou conseguir dormir. Espera aí um pouco que eu vou<br />

me vestir lá no meu quarto!

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