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FILHO DO FOGO volume 1 - suelymmarvulle

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absorver o máximo possível de tudo o que viam. Eu estava completamente fascinado,<br />

maravilhado, encantado, estarrecido. Literalmente sem palavras...<br />

À medida que nos aproximávamos das escadas de mármore que nos levariam ao<br />

topo do altar comecei a sentir cada vez mais forte o calor tremendo que emanava das duas<br />

piras. Eram tão imensas!!! Pareciam aquelas das Olimpíadas!<br />

Ali a luminosidade era muito intensa, eu sentia como se meu rosto estivesse a ponto<br />

de incendiar. Parecia que se eu chegasse mais perto todo o meu corpo, minhas roupas e<br />

cabelo iriam pegar fogo. Confesso que tive um pouco de medo e instintivamente retardei<br />

um pouco o ritmo. Não queria mais caminhar... mas Rúbia não afrouxou, e as palavras de<br />

Marlon saltaram dentro de mim: “Filho do Fogo, o fogo não queima”.<br />

Retomei a caminhada.<br />

Mas como o tamanho daquelas piras era impressionante!... Eu erguia a cabeça mais e<br />

mais à medida que nos aproximávamos delas. Estavam postadas sobre colunas de pedra,<br />

duas enormes taças de metal dourado e reluzente de dois metros de diâmetro. As labaredas<br />

erguiam-se, imponentes, muitos e muitos palmos acima de nossas cabeças!<br />

Mas... que estranho... não parecia um fogo comum! Tinha uma cor diferente, parecia<br />

criar forma própria, parecia quase... dançar!<br />

Sacudi a cabeça. Bobagem! Era somente o calor que já estava me dando desespero,<br />

tão intenso e próximo agora que se tornava quase insuportável. Mesmo assim fui adiante,<br />

decidido, mas tão logo deixamos a passarela e caminhamos na direção da escada<br />

subitamente o ar deixou de estar tão quente...! E aquele calor brutal simplesmente tornouse<br />

agradável, ameno... como um banho de sol!...<br />

Paramos um pouco ali, aos pés da escadaria. Respirei fundo, introjetando as incríveis<br />

emanações daquele lugar, o calor do fogo, a fumaça, o perfume do incenso, a música<br />

belíssima. Virei o rosto e numa das primeiras fileiras pude ver Marlon, todo vestido de<br />

negro, encapuzado...tão diferente estava daquele jeito!<br />

De repente começou um som forte e cadenciado, vigoroso. Os atabaques. Eles se<br />

sobrepunham à melodia e foi em meio a esse som que olhei para cima, para os nove<br />

degraus que nos levariam até o altar. Nove degraus...<br />

Sem qualquer aviso prévio, de repente Rúbia ergueu a mão num gesto rápido e —<br />

incrível! — as dezoito velas dos candelabros acenderam-se instantaneamente! Olhei para<br />

ela estupefato, mas o homem que estava em pé sobre o altar fez um gesto autorizando-nos<br />

a subir. Rúbia apenas sorriu para mim antes de dar a volta e postar-se ao lado de Thalya. E<br />

o homem veio para perto de mim. Subimos todos, sempre lado a lado. O mármore estava<br />

morno por causa do calor.<br />

Pude perceber melhor de onde vinha o som dos instrumentos: eles estavam todos

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