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FILHO DO FOGO volume 1 - suelymmarvulle

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fazendo “boas obras”; ou peregrinações à Meca. Compreende?!<br />

Ela fazia que sim com a cabeça, escutando.<br />

— Isso é diferente de tudo o que eu já ouvi. Para se aproximar de Deus tem sempre<br />

que fazer alguma coisa, eu acho...<br />

— Eles fizeram uma analogia muito interessante na última carta. Disseram que a<br />

nossa sombra está sempre conosco, em to<br />

dos os lugares, mesmo que a gente nem se dê conta dela. Só que ela é escura por<br />

natureza. Mas, mesmo assim, sempre está perto, nunca sai de perto.<br />

— A não ser no escuro! No escuro não tem sombra.<br />

— Não é bem assim, você sabe que o escuro não é um escuro absoluto, existe a luz<br />

infravermelha que nós não enxergamos mas que está lá, no escuro. Portanto a nossa<br />

sombra também está presente no escuro.<br />

— Hummm...acho que entendo o que eles querem dizer.<br />

— Em suma, existe um outro deus, um deus “oculto”, pouco conhecido na sua<br />

essência. Que nunca deixou de estar do nosso lado e, portanto, não existe necessidade da<br />

chamada “religião” para chegarmos até ele. Chegamos a ele de alguma outra maneira...<br />

Parei para pensar um pouco. — Que maneira será essa? Você já ouviu falar em<br />

contato espiritual sem entrar com religião no meio?! É estranho e diferente, né?<br />

— Concordo...<br />

— Só que tem uma coisinha, que foi deixado bem claro logo na primeira carta:<br />

Satanismo não é para todos. É apenas para os escolhidos, para os que vão saber receber,<br />

compreender e dar valor.<br />

— E você foi escolhido?<br />

— Sei lá! Por enquanto eles têm me mandado as cartas, feito montes de perguntas<br />

que gasto muito tempo pensando nas respostas. Eles apresentam alguns pontos de vista<br />

diferentes, coisas que a gente não escuta por aí todo dia mas que, no fundo, acho que eu<br />

entendo.<br />

Mas como assim?<br />

— Ah... difícil explicar. Acho que tenho que te apresentar para o meu vampirinho!<br />

— Que vampirinho?!!<br />

— Um personagem de história em quadrinhos que criei há muito tempo. — Parei<br />

um pouco, com a mão no queixo. — Você já parou para pensar... que pode ser que o Mal<br />

não seja tão mal assim... e o Bem, não tão bom assim? É por aí, sabe? Como o meu<br />

vampirinho. É uma questão de essência, de natureza. Acho que é mais ou menos isso o

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