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FILHO DO FOGO volume 1 - suelymmarvulle

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Aquilo sim, era quente! Não se tratavam mais de meras histórias carregadas de fantasias e<br />

tolas superstições. Não, não... aquelas eram histórias reais de bruxos reais! Li tudo o que<br />

pude sobre todos eles, Abra Merlin, A. Crowley, Fausto e outros. Quando o assunto se<br />

esgotou, ( não havia muita coisa), continuei tentando achar mais coisas tão interessantes<br />

quanto. Neca!<br />

E eu não tinha dinheiro para comprar livros em livrarias.<br />

Tive que me contentar com assuntos menos chamativos e fui ver o que descobria<br />

sobre paranormalidade. Uma das coisas que me chamaram a atenção foi o que descobri<br />

sobre “Poltergeist”. Em suma, aquele termo queria dizer “espírito brincalhão” e, ao que<br />

parece, era atraído pela presença de uma criança ou adolescente em uma casa. Algumas<br />

versões diziam que poderia ser a própria criança desencarnada. Como eu acreditava nestas<br />

coisas foi um prato cheio na época.<br />

— UAU! - Eu vibrava. — Queria um destes em casa! Seria o máximo! — Me<br />

dediquei com esforço dobrado aos estudos na tentativa de descobrir como atrair um deles<br />

para casa. Todos os dias saía feliz e exultante da biblioteca, sem me intimidar, satisfeito<br />

com a perspectiva de ter um amigo só meu. Eu queria tanto...! Tentei bastante, é verdade,<br />

mas acabou não dando certo. Os livros ensinavam até como expulsar um Poltergeist, mas<br />

nada diziam sobre o que fazer para atraí-lo.<br />

Nesta época eu estava quase às portas do meu primeiro emprego, mas enquanto isso<br />

não acontecia o tempo que me sobrava era muito bem empregado para satisfazer todas as<br />

minhas curiosidades. Acabei realmente enveredando para o lado do Espiritismo. Havia<br />

muito mais material à disposição do que sobre Ocultismo e também a possibilidade de<br />

visitar algum lugar onde pudesse vivenciar a coisa na prática.<br />

Nesta altura eu já tinha lá meus 12 ou 13 anos e meus pais não mais exerciam sobre<br />

mim todo o domínio que gostariam. E eu perambulava aonde me desse na telha. Descobri<br />

um Centro de Macumba nas imediações do colégio e resolvi xeretar por lá. Na sexta-feira,<br />

dia da reunião, aboletei-me num dos bancos para assistir à sessão.<br />

Os espíritos “desciam” e encarnavam nas pessoas, que mudavam as vozes, a<br />

expressão do rosto e a atitude do corpo.<br />

Mas... não sei. Sinceramente falando... aquilo parecia tão tolo! Não pensava que o<br />

contato com os espíritos pudesse ser tão medíocre, tão “fraquinho” assim. No meu<br />

entender, quase nada se aproveitava daquilo. Tão distante daquelas histórias dos<br />

verdadeiros feiticeiros, carregados de poder e sabedoria. Eu sentia que estava cada vez<br />

retrocedendo mais. Mas não queria! Queria ir na direção oposta, na direção...do Oculto!<br />

Lá no Centro a impressão que eu tinha era que os tais dos espíritos estavam sempre<br />

tirando um barato com a nossa cara! Tinha o “Marinheiro”, o “Zé Pilintra”, e daí prá<br />

frente. Alguns às vezes já se intitulavam “demoninhos” mesmo. Sei lá se eu engolia aquela

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