OS COLONOS EM ESCRIIOS MOCAMBICANOS A ESTESIA BANTA NOS CRONISTAS PORTUGUESES :. .. , . ..... , ....... . ..... . ....... , .. , ... , .. , ... , .. , ... , . .. . ... . ... . ..... . ... , ... , ..... , .. , .... , . .... . .. . .... . ..... . ... . ... , . .. , . , .. , .. . .. . ... . .. . .. . .. . .... .. . ..... ...... . . .. . ,........ .... . - i 53 nnóizimo dnqtreln mnrnvilkn? Quem seria o coinpositor anónimo dnqueln mnrnuilhn? Qire nlmn ilio terin qtrent sotrbe meter em três oir qtrntro compassos n gtrerra nfricnnn com to<strong>da</strong> n acre rudeza dn sua poesia? Aindn <strong>hoje</strong> nos t, o eco <strong>do</strong> terrível canto de guerra vittrn, que tniztns vezes o esculcn chope ouvitr trnnsi<strong>do</strong> de terror, perdi<strong>do</strong> por entre as breilltns destes matos 710s qtrnis vivo hií um mês. Um outro centurião que muito escreveu sobre as suas conquistas foi Azeve<strong>do</strong> Coutinho. Sempre na posição <strong>do</strong> conquista<strong>do</strong>r não deixa, no entanto, de exaltar o mirífico mun<strong>do</strong> zambeziano pelo qual ver<strong>da</strong>deiramente se apaixonou. Comma prosa desatavia<strong>da</strong>, jamais deixa de enaltecer as quali<strong>da</strong>des de guerreiros, de carácter e de nobreza quer <strong>da</strong>queles que o acompanharam nas suas incursóes bélicas, quer <strong>do</strong>s chefes e senhores locais, quer <strong>do</strong>s mais humildes <strong>do</strong>s seus servi<strong>do</strong>res. Quan<strong>do</strong>, na conquista <strong>do</strong> Báruè, conseguiu finalmente aprisionar um Makombe, de nome Chipitura, e com ele se dirigia para Quelimane descreve-o com um aceno de homena- gem: No percurso, desde que entrimos nos territórios <strong>da</strong> Compnnhin de Moçnmbiqne, n gente <strong>da</strong>s povoações pacíficas vinha à beira <strong>da</strong> estra<strong>da</strong> sau<strong>da</strong>r-nos, com enttrsirísticn ndmiraçio, e to<strong>do</strong>s qirerinm ver o Chipiturn, que com setrsfilhos cnmiizhovn indiferente e orgirlhoso, entren forte escolta que os gtrnrdnvn, com aquele estoicismo ndmirivel quefnz de cndn preto iim ver<strong>da</strong>deiro herói, pelo indiferença absoltrtn e extrnordinirin coragem, com que snbern eiicnrnr R morte. Tomar-se-ia fastidioso prosseguir na leitura de textos. Não posso no entanto deixar de lembrar autores que primaram pela apreciação estética na sua c<strong>ontem</strong>plação de Moçambique. De tanto são exemplo Diocleciano Femandes <strong>da</strong>s Neves in Ifineririo de Uma Vinaem 2 Cncn <strong>do</strong>s Elefnntes com belíssimas páginas de homenagem à amizade e leal<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s seus servi<strong>do</strong>res e acompanhantes assim como à beleza física e moral de tantos que encontrou pelo longo caminho que percorreu, nomea<strong>da</strong>mente as princesas e <strong>do</strong>nzelas <strong>da</strong> casa real cossa e Emílio de San Bruno in Znmbezinnn Scenns dn Vi<strong>da</strong> Colonial onde, por igual, abun<strong>da</strong>m páginas que vão no mesmo senti<strong>do</strong>. A aquisição <strong>da</strong> Língua Portuguesa pelos moçambicanos foi feita ao preço <strong>do</strong> sangue, <strong>do</strong> suor e <strong>da</strong>s lágrimas. Também na alegria de quem, no seu exercício, descobre e abor<strong>da</strong> um mun<strong>do</strong> novo. De imposição, a língua transformou-se em aquisição. Estamos perante um acontecimento que, situan<strong>do</strong>-se em tempo e em espaço precisos, isto é, sen<strong>do</strong> histórico, não obstante extravasa <strong>do</strong>s limites <strong>do</strong> mesmo tempo e <strong>do</strong> mesmo espaço para fazer parte integrante <strong>do</strong> percurso de um povo. Que a prática dessa Língua esteja limita<strong>da</strong> a uma parte desse mesmo povo tal não impede que ela constitua um património idiossincrático para o conjunto nacional.
Porque foi e continua a ser ela mesmo elemento constitutivo desse to<strong>do</strong> e porque permanece na categoria mais profun<strong>da</strong> <strong>do</strong> substrato que legitima a moçambicani<strong>da</strong>de. Eis também porque me socorri tão abun<strong>da</strong>ntemente de textos de moçambicanos de há déca<strong>da</strong>s atrás que, pela primeira vez nas suas vi<strong>da</strong>s, tão apaixona<strong>da</strong>mente escreveram em português. No maior respeito pela soberania <strong>do</strong>s moçambicanos, em prol <strong>da</strong> Língua, faço votos para que esses pioneiros não tenham sofri<strong>do</strong> em vão a sua escrita!
- Page 1: Est; deres e - O racismo, ontem e h
- Page 5 and 6: Ficha Técizica ISBN: 972-99727-0-2
- Page 7 and 8: 7 de Mnio de 2004 - FLUP (Snln de r
- Page 9 and 10: Este VI1 Colóquio analisou novas p
- Page 12: Inaugura
- Page 15 and 16: 1939-1945, quer a expressão mais c
- Page 17 and 18: Terminarei abordando um dos conflit
- Page 22 and 23: RACISMO, ISLAMISMO POL~TICO E MODER
- Page 24 and 25: No entanto, apesar da inexistência
- Page 26 and 27: RACISMO, ISLAMISMO POLIIICO E MODER
- Page 28 and 29: em grande parte determinam os seus
- Page 30 and 31: Entre as "teorias da modemização"
- Page 32 and 33: hoje, "o capitalismo sobreviveu com
- Page 34 and 35: tam o Islão como um Islão "global
- Page 36 and 37: a aceitação pelo Islão do princ
- Page 38: RACISMO. ISLAMISMO POLiTlCO E MODER
- Page 41 and 42: dade da expressão não somente a p
- Page 43 and 44: O homem que devia fazer grande mnch
- Page 45 and 46: Eu como bêbado npelo pnra nrrtorid
- Page 47 and 48: direito, porque ningzrénz que pode
- Page 49 and 50: 50 o: Josi Capr!~ A pigmentação c
- Page 51: Isto quer dizer que, há cerca de 5
- Page 55 and 56: que es Ia existente entre naturalez
- Page 57 and 58: a diferencias raciales entre 10s an
- Page 59 and 60: Ni que decir tiene que, en 10s aÍi
- Page 61 and 62: 7. La última invención de1 racism
- Page 64 and 65: INTEGRAÇÃO ECONÓMICA EM ÁFRICA:
- Page 66 and 67: na nova estrutura de produção, Vi
- Page 68 and 69: estrangeiro às novas condições q
- Page 70 and 71: 6) Integrar todos os sectores, esta
- Page 72 and 73: Quadro 1 Quota do comércio intra-r
- Page 74 and 75: pugna como nova orientação e din
- Page 76 and 77: 4. Identidade e poder na integraç
- Page 78 and 79: egionais (UNECA, 2002), valores ess
- Page 80 and 81: 5. Conclusão O processo deintegra
- Page 82 and 83: Dupréelle, K. (2001), "Recompositi
- Page 84: UNECA (United Nations Economic Comm
- Page 87 and 88: con otras denominaciones -en princi
- Page 89 and 90: en e1 análisis de ese "peligro" a
- Page 91 and 92: siglo XIXcon la expansiónde 10s re
- Page 93 and 94: neocolonial de Francia. La acusaci
- Page 95 and 96: o menor grado todos ellos son repre
- Page 97 and 98: merina (y que se componía únicame
- Page 99 and 100: mencionado trasfondo ciudadano, per
- Page 101 and 102: de1 sistema de rnznnn en Madagascar
- Page 103 and 104:
aparentemente "a favor de1 viento",
- Page 105 and 106:
ser discutida (y por tanto defendid
- Page 107 and 108:
en numerosas sociedades africanas,
- Page 109 and 110:
(donc de peintures, dessins, photog
- Page 111 and 112:
ilsse en Frnnce ntr XVllle siècle
- Page 113 and 114:
Dans l'introduction à son livre Di
- Page 115 and 116:
d'une d'réface pour Lecteurs Blanc
- Page 117 and 118:
Guerre mondiale (vols. IV, 1-2). L'
- Page 119 and 120:
du grand public par les images - en
- Page 121 and 122:
Certes, même avec les meilleures d
- Page 123 and 124:
Rqérences bibliogrnpkiques AAVV. [
- Page 125 and 126:
Martin, Peter. Sclirunrze Teirfel -
- Page 127 and 128:
Angola, que se considera que a déc
- Page 129 and 130:
porque se constitui enquanto marca
- Page 131 and 132:
Com a vivência de tantas dicotomia
- Page 133 and 134:
Nos textos literários em análise,
- Page 135 and 136:
demarcação de grupos sociais (Xit
- Page 137 and 138:
HALL, Stiiart, 1997, A Ideritidnde
- Page 139 and 140:
sensoriais e mentais que regem o ol
- Page 141 and 142:
* * * Desta feita, de uma penada, s
- Page 143 and 144:
negociante de escravos?' Havendo ab
- Page 145 and 146:
culturais que a espontânea fluidez
- Page 147 and 148:
Guardando a África na memória, se
- Page 149 and 150:
uma carga negativa ou positiva, con
- Page 151 and 152:
é, em muitas das situações, prat
- Page 153 and 154:
ganharam influência cultural e pol
- Page 155 and 156:
Noutras situações, esse papel int
- Page 157 and 158:
COMAS, Juan, 1970 [1960], "Osmitos
- Page 159 and 160:
O raciochio não é muito diferente
- Page 161 and 162:
Entre nós o assunto mereceu mesmo
- Page 166:
, . Prefacio ......................