20.04.2013 Views

ontem e hoje - Repositório Aberto da Universidade do Porto

ontem e hoje - Repositório Aberto da Universidade do Porto

ontem e hoje - Repositório Aberto da Universidade do Porto

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Aprincipal conclusão que decorre <strong>do</strong> Quadro 1 diz respeito à diminuta quota <strong>do</strong><br />

comércio intra-regional nas várias organizações, atingin<strong>do</strong> o máximo de 12-13s no<br />

caso <strong>da</strong> UEMOA, segui<strong>do</strong> por valores na ordem <strong>do</strong>s 10% para os casos <strong>da</strong> CBI, <strong>da</strong><br />

SADC e <strong>da</strong> CEDEAO. Nas restantes organizações, e retiran<strong>do</strong> o caso <strong>da</strong> COMESA<br />

(cerca de 6%), os valores são bastante incipientes. Asegun<strong>da</strong> constatação, e que deve<br />

ser interpreta<strong>da</strong> conjuntamente com a conclusão anterior, refere-se à evolução temporal<br />

<strong>da</strong> quota <strong>do</strong> comércio intra-regional. Com excepção <strong>da</strong> CEDEAO e <strong>da</strong> SADC, que<br />

antes <strong>da</strong> sua formação apresentavam um valor de cerca de 5% de comércio intraregional<br />

e que, após surgirem, subiram para 10% e por aí se têm manti<strong>do</strong>, e <strong>da</strong> UEMOA<br />

(que integra vários países <strong>da</strong> CEDEAO) que de forma um pouco mais pronuncia<strong>da</strong><br />

tem vin<strong>do</strong> a ganhar quota intra-regional, em to<strong>da</strong>s as restantes organizações os efeitos<br />

são negligenciáveis. Finalmente, e de acor<strong>do</strong> com o que se tem vin<strong>do</strong> a registar com a<br />

dimimuição <strong>da</strong> importância relativa de África no comércio internacional, o peso <strong>da</strong>s<br />

organizações de integração africanas nas exportações mundiais é bastante reduzi<strong>do</strong>,<br />

sempre inferior a 1%. Exemplares são os casos <strong>da</strong> UMA, COMESA e SADC. A soma<br />

<strong>da</strong> participação <strong>do</strong>s seus actuais membros no comércio mundial no início <strong>da</strong> déca<strong>da</strong><br />

de 70 era superior a 1% (no caso <strong>da</strong> SADC era mesmo superior a 2%) e foi sucessivamente<br />

decain<strong>do</strong> até atingir quotas muito abaixo <strong>do</strong>s 1%.<br />

As explicações económicas para este baixo desempenho têm a ver sobretu<strong>do</strong><br />

com a 'falta de complementari<strong>da</strong>de comercial entre os países parceiros, a dimensão<br />

reduzi<strong>da</strong> <strong>do</strong>sseus merca<strong>do</strong>s, a kaca infraestrutura de transportes ou ain<strong>da</strong> os eleva<strong>do</strong>s<br />

custos de comércio nas fronteiras' (Yang and Gupta, 2005: 37 ou ain<strong>da</strong> UNCTAD,<br />

2003: 54). Destaque-se a importância <strong>da</strong> dimensão <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> associa<strong>da</strong> à baixa<br />

diversi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> estrutura económica <strong>do</strong>s países, nomea<strong>da</strong>mente a industrial. As<br />

implicações práticas sobre o comércio intra-regional são evidentes, como evidente se<br />

torna, neste caso concreto, a aplicação <strong>do</strong>s preceitos teóricos tradicionais. Como<br />

sublinham Greenaway and Milner (1990: 59), "a z~nion nmong similar economies presunze<br />

thnt trnde expnnsion will comefrom intrnindt~stry specinlizntion nnd product d$ferentintion.<br />

Such expansion has been found among the members of the EC, where market size<br />

and incomes can support such specialization, birt it is fnr less possiblenmong compnrnlile<br />

but smnller, poorer mnrkets". Estes e outros factores têm conduzi<strong>do</strong> os países a insistirem<br />

numa política próxima <strong>da</strong> substituição de importações, à custa de eleva<strong>do</strong>s proteccionismos<br />

quer face aos países parceiros quer face ao exterior, o que não tem<br />

contribuí<strong>do</strong> para melhorar o ambiente propício à integração (ver UNECA, 2004a).<br />

Uma <strong>da</strong>s novi<strong>da</strong>des <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> <strong>da</strong>queles autores diz respeito à chama<strong>da</strong> de atenção<br />

para o esforço que deve ser coloca<strong>do</strong> na integração regional ten<strong>do</strong> em conta a<br />

necessi<strong>da</strong>de de aproveitar a sua inserção na economia mundial (atitude pró-a~tiva)'~<br />

e não, como no passa<strong>do</strong>, com a ideia de auto-centramento e isolamento <strong>do</strong> resto <strong>do</strong><br />

mun<strong>do</strong> (atitude defensiva e conserva<strong>do</strong>ra). Aliás, é neste mesmo senti<strong>do</strong> que o NEPAD<br />

Situavão, aliás, referi<strong>da</strong> por diversos autores. Veja-se, entre ouhos, MBAKU (1995) e BOTCHWEY,<br />

1998.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!