ontem e hoje - Repositório Aberto da Universidade do Porto
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estrangeiro às novas condições que se estabeleceram nos países membros <strong>da</strong> área<br />
integra<strong>da</strong>não é menor, quer ao nível <strong>do</strong> volume de investimento quer ao nível <strong>da</strong> sua<br />
afectação sectorial e respectiva orientação <strong>da</strong> produção, seja para o merca<strong>do</strong> regional<br />
seja para países terceiros.<br />
Não haven<strong>do</strong> certamente quaisquer fórmulas únicas e acaba<strong>da</strong>s que garantam o<br />
sucesso <strong>da</strong>s organizações de integração económica regional, nomea<strong>da</strong>mente entre<br />
países em desenvolvimento, Straubhaar (1987a) contu<strong>do</strong>, apresenta uma interessante<br />
aproximação a esta problemática6. Segun<strong>do</strong> ele, exis te um grau óptimo de integração,<br />
determina<strong>do</strong> conjuntamente pela ac~ão interdependente <strong>da</strong> dimensão <strong>da</strong> área a<br />
integrar e <strong>do</strong> nível e homogenei<strong>da</strong>de <strong>do</strong> desenvolvimento industrial <strong>do</strong>s seus<br />
membros. Por outro la<strong>do</strong>, e como condição necessária n priori para que a integração<br />
económica possa vir a ter sucesso, é também imprescindível a existência de algum<br />
grau de harmonização <strong>da</strong>s políticas económicas <strong>do</strong>s diferentes países membros, como<br />
demonstra Blejer (1988: 38): "from past experience it is possible to claim that the<br />
harmonization of policies is in fact a precondition for success and not an additional<br />
stage in the process".<br />
2. A integração económica regional em África<br />
A integração económica africana assumiu, nos primeiros anos após o início <strong>da</strong><br />
vaga de independências no continente, características bem mais próximas <strong>da</strong><br />
cooperação económica <strong>do</strong> que de uma ver<strong>da</strong>deira integração 'tradicional' <strong>do</strong>s seus<br />
merca<strong>do</strong>s, de acor<strong>do</strong> com o estipula<strong>do</strong> na teoria económica <strong>da</strong> integração. As<br />
recomen<strong>da</strong>ções saí<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s duas primeiras reuniões de dirigentes africanos, em 1958<br />
e em 1960, são a este respeito muito claras: promover a cooperação económica entre<br />
os novos Esta<strong>do</strong>s independentes como estratégia de transformação económica. Poucos<br />
anos mais tarde, em 1963, aquan<strong>do</strong> <strong>da</strong> constituição <strong>da</strong> Organização de Uni<strong>da</strong>de<br />
Africana (OUA), aquela ideia passa a estar incluí<strong>da</strong> nos seus princípios e objectivos.<br />
Mas não demorou muito para que a perspectiva de integração <strong>do</strong>s merca<strong>do</strong>s<br />
nacionais num único merca<strong>do</strong> regional passasse a ser a orientação <strong>do</strong>minante. A<br />
formulação de directrizes para a sua concretização com o intuito final de criar uma<br />
comuni<strong>da</strong>de económica africana (CEA), seguin<strong>do</strong> as fases tradicionais de integração<br />
económica, e partin<strong>do</strong> de blocos regionais, foi repeti<strong>da</strong>mente estipula<strong>da</strong> na Cimeira<br />
de Argel (1968), de Addis-Abeba (1970 e 1973) e formaliza<strong>da</strong> na Cimeira de Libreville<br />
(1977) ao ser ratifica<strong>da</strong> a Declaração de Kmshasa a<strong>do</strong>pta<strong>da</strong> pelo Conselho de Ministros<br />
investiieiito directo por parte <strong>da</strong> empresa afecta<strong>da</strong> de mo<strong>do</strong> a poder beneficiar <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> alarga<strong>do</strong><br />
regional e <strong>da</strong>s prefergnciaç tarifárias ai existentes.<br />
"questão de parti<strong>da</strong> para este autor é formula<strong>da</strong> na sezrkte interrozacão: "Whv has the acha1