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Variedades Regionais e Agricultura Biológica - DRAP Centro

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ADAPTAÇÃO DE VARIEDADES DE MACIEIRA à AGRICULTURA BIOLÓGICA,<br />

NA REGIÃO RIBATEJO NORTE<br />

Jorge Ferreira<br />

Resumo<br />

O pomar de macieiras objecto deste trabalho foi instalado em agricultura<br />

biológica em 1998, no concelho de Ferreira do zêzere (Ribatejo Norte), funcionando<br />

como campo de demonstração no âmbito do projecto Agro 740, no período<br />

entre 2004 e 2007. Durante 8 anos foi analisado neste pomar o comportamento<br />

de várias variedades de macieiras, tendo-se concluído que a melhor adaptação<br />

à agricultura biológica foi conseguida pelas seguintes variedades: Querina (o<br />

mesmo que Florina), pela completa resistência ao pedrado e melhor produtividade,<br />

sem problema de alternância e com boa aceitação pelo consumidor; Bravo,<br />

pela resistência de campo ao pedrado e pela boa aceitação pelo consumidor;<br />

Riscadinha de Palmela, pela precocidade, pela antecipação relativamente à<br />

mosca do Mediterrâneo e ao bichado, embora precisando ser tratada contra o<br />

pedrado, e ainda pela aceitação pelo consumidor.<br />

Podemos também concluir que as variedades que apresentaram maiores<br />

limitações em agricultura biológica, nas condições edafo-climáticas da região,<br />

foram as seguintes: Porta da Loja, pela média sensibilidade ao pedrado e grande<br />

ataque de mosca do Mediterrâneo; Fuji e Gala Galaxy, pela grande sensibilidade<br />

ao pedrado; Granny Smith, pela sensibilidade à mosca do Mediterrâneo, devido<br />

à época tardia de colheita.<br />

Introdução<br />

A produção de maçã em agricultura biológica é ainda escassa em Portugal, com<br />

poucas dezenas de hectares, cuja área exacta não podemos precisar por falta de dados<br />

estatísticos. Os dados oficiais referem-se apenas a frutos frescos em geral que, no final<br />

de 2005, correspondiam a 1.107 hectares, em que a espécie principal é a cerejeira.<br />

Considerando esta área, ela representa apenas 0,47% da área certificada em agricultura<br />

biológica em Portugal continental (233.458 ha), o que é muito pouco. Esta escassez<br />

de produção leva à importação de fruta deste modo de produção, quando Portugal tem<br />

condições para produzir este tipo de fruta. Existem, no entanto, algumas dificuldades<br />

técnicas que limitam essa produção, em particular alguns problemas fitossanitários que<br />

importa resolver.<br />

A conversão de pomares existentes, de produção convencional, mesmo quando<br />

em protecção ou produção integradas, é geralmente difícil, uma vez que a maior parte<br />

das variedades desses pomares são susceptíveis às principais doenças, em particular o<br />

pedrado.<br />

Este trabalho tem como principal objectivo avaliar a adaptação de algumas<br />

109<br />

Capítulo 2 - Fruticultura biológica

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