Variedades Regionais e Agricultura Biológica - DRAP Centro

eduzida dimensão do pomar e pela influência dum pomar de nogueiras, com cerca de
4 hectares a cerca de 200 metros de distância. Assim, foi necessário recorrer a outros
meios de luta, que foram aplicados na campanha de 2005 e de 2006 – tratamento
biológico com baculovirus ou vírus da granulose.
Este meio de luta tem no entanto algumas limitações. O vírus da granulose tem
sido eficaz noutros países mas não está ainda homologado em Portugal, apesar de
autorizado em agricultura biológica em toda a Europa. Por outro lado a sua destruição
pela radiação solar ultra-violeta diminui a sua persistência, pelo que obriga a alguns
cuidados na aplicação (óleos protectores como o óleo de pinho, tratamento ao fim
da tarde ou à noite) e a aplicações relativamente frequentes. Daí terem sido feitos 8
tratamentos em 2005, 6 em 2006 e ainda assim, sem uma eficácia completa.
Em 2006 o nível de ataque subiu relativamente ao ano anterior, provavelmente pelo
menor número de tratamentos. Em 2007, com 7 tratamentos aparentemente melhor
posicionados que nos anos anteriores, a incidência de bichado diminuiu.
Mosca do Mediterrâneo
Os prejuízos causados pela mosca do Mediterrâneo foram também avaliados à
colheita pela contagem dos frutos atacados para as mesmas variedades (Prima,
Querina, Bravo e Porta da Loja). Foi comprovada a forte população da praga nos
meses de Setembro e Outubro, época de maturação da variedade mais tardia – Porta
da Loja (Quadro 4).
As variedades Granny Smith e Pipo de Basto, existentes no pomar, foram também
atacadas, embora sem resultados quantificados.
Quadro 4. Frutos com ataque de mosca do Mediterrâneo, com larvas presentes ou
ausentes, em 2004 e 2005
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Variedade
Prima Bravo Querina Porta da Loja
Data de colheita 30/07-07/08 17-21/08 27/08-30/08 27/09-08/10
Frutos com larvas em 2004 (%) 0 0 0 25
Frutos com larvas em 2005 (%) 0 0 0 19
Frutos com larvas em 2006 (%) 0 0 0 15
Em meados de Agosto observam-se geralmente as primeiras capturas desta praga.
Em 2007 essas capturas foram logo no início de Agosto, em armadilha alimentar com isco
Ferag, embora em número relativamente reduzido.
Durante o mês de Setembro, com o método da captura em massa, com garrafas
mosqueiras tipo “Olipe”, com fosfato diamónico e água (5%), ocorre geralmente um
grande número de capturas, superior a 20 moscas por armadilha por mês, o que reduz o
ataque. No entanto, à colheita, a percentagem de frutos com picadas de mosca tem sido
demasiado elevado nas variedades ainda por colher nessa altura. Esse ataque poderá ser
reduzido com a utilização de armadilhas de isco triplo, que têm maior eficácia na captura
(mais rápido e mais moscas), desde que correctamente aplicadas.
Para além da Porta da Loja, com ataques avaliados e indicados no quadro 4, as