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Variedades Regionais e Agricultura Biológica - DRAP Centro

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uem para a diminuição da incidência da doença. Os tratamentos fitossanitários são,<br />

em geral, preventivos, à base de enxofre ou cobre, produtos de contacto com limitações<br />

de eficácia em condições de elevada precipitação que, para além de favorecerem<br />

a doença, arrastam o produto do tratamento para o solo. Em ensaios realizados em<br />

França, o produto mais eficaz tem sido o enxofre, quer na forma molhável ou líquida,<br />

quer na forma de calda sulfo-cálcica. Esta última tem alguma acção curativa na condição<br />

de a infecção ter ocorrido à menos de 20 horas.<br />

Neste artigo são feitas recomendações sobre medidas profilácticas a serem aplicadas<br />

em agricultura biológica para a prevenção do pedrado, bem como a estimativa do risco<br />

e tratamentos fitossanitários a aplicar. Apresenta-se ainda o resultado observado na<br />

condução de um pomar instalado e conduzido em agricultura biológica, situado em<br />

Ferreira do Zêzere.<br />

Medidas profilácticas<br />

Como já referido, as variedades mais cultivadas em Portugal são sensíveis ao<br />

pedrado. É o caso das maçãs do grupo das Galas que, na ausência de tratamento,<br />

são atacadas todos os anos por esta doença (Figura 1). É também o que ocorre com<br />

algumas variedades regionais, como a Riscadinha de Palmela (Figura 2). As principais<br />

medidas profilácticas para evitar ou reduzir o ataque são indicadas no quadro 1.<br />

Figura 1. Maçã Gala Galaxy atacada com pedrado<br />

(foto J. Ferreira)<br />

89<br />

Capítulo 2 - Fruticultura biológica<br />

Figura 2. Maçã Riscadinha de Palmela com<br />

ataque de pedrado (foto J. Ferreira)<br />

Quadro 1. Medidas profilácticas a pôr em prática na prevenção do pedrado em macieira e<br />

pereira<br />

Medida Aplicação Época<br />

<strong>Variedades</strong><br />

resistentes<br />

Diminuição do tempo<br />

de folha molhada<br />

Acelerar a<br />

decomposição no<br />

solo das folhas<br />

infectadas<br />

Pomar a instalar<br />

Compasso de plantação largo (ex: 5m x 3m); poda<br />

adequada; evitar terrenos demasiado húmidos e/ou<br />

sombrios<br />

Incorporar ligeiramente as folhas caídas ao solo; aplicação<br />

de composto ou fertilizante orgânico azotado em<br />

simultâneo<br />

Fertilização equilibrada sem excesso de azoto; fertilização<br />

Novembro a<br />

Fevereiro<br />

Novembro<br />

a Fevereiro<br />

(plantação)<br />

Novembro a<br />

Março<br />

Evitar relação<br />

azoto/potássio (N/K)<br />

elevada na folha<br />

(menor que 1,7/1)<br />

orgânica de base com composto no Outono/Inverno (5 a<br />

10 t/ha de composto húmido, ou 1 a 2 t/ha de composto<br />

seco); fertilização orgânica complementar de Primavera,<br />

8 a 4 semanas antes da floração (20 a 50 unidades de<br />

azoto); enrelvamento na entrelinha à base de leguminosas<br />

e gramíneas anuais pratenses.<br />

Novembro a<br />

Abril

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