Figura 1. Aspecto dos frutos no início da prova Posteriormente escolhiam um fruto para avaliar as qualidades internas: textura, sabor e aroma. A avaliação global dos frutos foi feita numa escala de 1 a 20. As variedades avaliadas pelo painel foram submetidas a análises laboratoriais tendo sido utilizados 10 frutos de cada. Os parâmetros avaliados foram: peso (g), diâmetro equatorial (mm), diâmetro longitudinal (mm), índice refractométrico (°Brix), dureza (kg/0,5 cm 2 ) e ácido málico (gL -1 ). Das variedades submetidas a provas elegeram-se as que obtiveram avaliação global superior a 13,5 (considerada boa): Santo António (SA), Delícia (De), Rabiça (Ra), Pérola (Pe), Pérola de Leiria (PL), Formiga de Ansião (FA), Marquesinha (Mar), Marmela (Mam), Rocha (Ro), Pão (Pa), Formiga de Coimbra (FC), Amêndoa de Silgueiros (AS) e Bagim dos Covões (BaCv). Simultaneamente realizou-se um estudo preliminar do poder de conservação das variedades em estudo, tendo os frutos sido conservados em câmara frigorífica de atmosfera normal a uma temperatura entre os 0 e 2ºC e 90% de humidade relativa. Semanalmente eram retirados 10 frutos para avaliar o estado de maturação. Da análise dos resultados das provas de frutos verificou-se que sete variedades obtiveram valores de avaliação global superiores à Rocha: Santo António, Delícia, Pérola, Pérola de Leiria, Formiga de Ansião, Marmela e Pão (Figura 2). A variedade Marmela destacou-se das restantes visto que obteve uma avaliação global de 16,2, bem como a melhor classificação para a textura, o aroma e o sabor (Quadro 1). No que se refere ao aspecto a melhor cotação foi obtida pela variedade Santo António (Quadro 1). 150 Figura 2. Avaliação global das variedades eleitas
Quadro 1. Resultados das provas das peras Aspecto Textura sabor Aroma S.António (SA) 4,3 3,8 3,4 3,2 A Delícia (De) 3,1 4,1 4,1 3,5 Rabiça (Ra) 3,4 3,8 3,3 3,3 B Pérola Leiria (PL) Pèrola (Pe) 3,4 3,1 3,9 4,0 3,9 3,9 3,1 3,7 Formiga de Ansião (FA) 2,6 4,1 4,0 3,6 Marquesinha (Mar) 4,3 3,9 3,4 3,8 Marmela (Mam) 3,9 4,6 4,3 3,9 C Rocha (Ro) Pão (Pa) 3,8 3,4 3,9 3,6 4,2 3,4 3,3 3,9 Formiga de Coimbra (FC) 3,7 3,9 3,4 2,9 Amêndoa de Silgueiros (AS) 2,1 3,7 3,9 3,6 Baguim dos Covões (BACv) 3,2 3,7 3,8 3,8 A – Julho 2004 / B – Julho 2005 / C – Setembro 2006 Das análises laboratoriais verificámos (Quadro 2): a) Peso (g) - O peso das peras variou de pequeno (Baguim dos Covões com 67,8g) a muito grande (Marquesinha com 250,7g). b) Diâmetro Equatorial e Diâmetro Longitudinal (mm) - A relação entre o diâmetro longitudinal e o diâmetro equatorial foi superior a 1, com excepção da Marquesinha, da Marmela, da Amêndoa de Silgueiros e da Baguim dos Covões. Com base nesta relação e na configuração espacial, segundo a caracterização feita por Natividade (1932), a maior parte das variedades quanto à forma classificam-se como obovadas e oblongas, com excepção das quatro anteriores que são redondas. c) Dureza (kg/0,5cm 2 ) - A dureza das peras analisadas variou entre 1,5 kg/0,5cm 2 (Pérola) e 7,1 kg/0,5cm 2 (Santo António). d) Índice refractométrico (° Brix) - O índice refractométrico em todas as variedades foi superior a 12 e apenas em duas foi inferior a 13: Rabiça e Baguim dos Covões. A Santo António, a Delícia e a Formiga de Ansião registaram valores muito elevados. e) Acidez (gL –1 de ácido málico) - A acidez variou entre 1,2 gL –1 (Marmela) e 5,6 gL –1 (Santo António). Quadro 2. Resultados das análises laboratoriais Peso f equat f long Dureza IR Acidez S.António (SA) 147,0 59,5 90,4 7,1 16,0 5,6 A Delícia (De) 110,2 55,8 59,5 4,4 15,2 2,7 Rabiça (Ra) 99,0 54,8 62,2 3,0 12,5 3,2 B Pérola Leiria (PL) Pérola (Pe) 94,3 87,4 50,5 50,5 70,9 67,4 3,3 1,5 13,8 14,0 2,1 1,8 Formiga de Ansião (FA) 185,7 74,3 80,9 4,4 15,5 3,2 Marquesinha (Mar) 250,7 78,8 67,9 3,8 14,3 5,0 Marmela (Mam) 246,4 82,7 74,8 3,5 13,1 1,2 C Rocha (Ro) Pão (Pa) 144,1 171,5 63,6 76,7 78,7 82,9 4,3 3,3 14,8 14,8 1,8 2,7 Formiga de Coimbra (FC) 174,1 64,3 73,0 6,1 13,7 2,7 Amêndoa de Silgueiros (AS) 91,3 56,6 55,5 4,5 14,5 2,2 Baguim dos Covões (BACv) 67,8 50,5 49,7 5,4 12,7 3,3 A – Julho 2004 / B – Julho 2005 / C – Setembro 2006 151 Capítulo 3 - Qualidade alimentar e mercado
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