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Variedades Regionais e Agricultura Biológica - DRAP Centro

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PROTECÇÃO FITOSSANITÁRIA DA MACIEIRA EM AGRICULTURA BIOLÓGICA.<br />

O CASO DO PEDRADO (Venturia ineaqualis)<br />

Jorge Ferreira<br />

Resumo<br />

No âmbito do projecto Agro 740 foi acompanhado um pomar conduzido em<br />

agricultura biológica, situado em Ferreira do zêzere. Neste pomar tinham sido<br />

previamente instaladas variedades resistentes ao pedrado, variedades regionais<br />

portuguesas e variedades tolerantes à mesma doença.<br />

Os resultados obtidos permitem concluir que a variedade resistente Querina<br />

(o mesmo que Florina), as variedades regionais, Bravo e Pipo de Basto (Pipo<br />

de Basto dos Viveiros Albar) e as variedades tolerantes Reineta do Grand Fay<br />

(o mesmo que Reineta Parda) e Granny Smith, têm produzido sem tratamentos<br />

específicos contra o pedrado e sem problemas com esta doença. Já as variedades<br />

regionais Riscadinha de Palmela e Porta da Loja apresentam uma percentagem<br />

importante de frutos com pedrado. As variedades Fuji e Gala Galaxy foram ainda<br />

mais sensíveis e apresentam, em anos de precipitação normal e nas mesmas<br />

condições das anteriores, fortes ataques de pedrado.<br />

As medidas profilácticas e a aplicação de produtos indutores de resistência<br />

contribuem para a diminuição da incidência da doença. Os tratamentos<br />

fitossanitários são em geral preventivos, à base de enxofre ou cobre.<br />

Introdução<br />

A dificuldade na protecção fitossanitária de pomóideas em agricultura biológica é<br />

um dos principais factores limitantes ao aumento da área e da produção destes frutos<br />

neste modo de produção em Portugal. A conversão de pomares existentes, de produção<br />

convencional, mesmo quando em protecção ou produção integradas, é geralmente<br />

difícil, uma vez que a maior parte das variedades desses pomares são susceptíveis às<br />

principais doenças das pomóideas, em particular o pedrado, seja na macieira seja na<br />

pereira.<br />

Em muitos casos é preferível arrancar e começar de novo, com as variedades<br />

mais adaptadas à agricultura biológica, sejam regionais, sejam híbridas resistentes ao<br />

pedrado. Devem utilizar-se, sempre que possível, variedades também resistentes ou<br />

tolerantes a outras doenças e pragas.<br />

É que, com algumas variedades resistentes ou tolerantes, é possível ter boa<br />

produção sem qualquer tratamento contra o pedrado, oídio, afídeos e ácaros. Com<br />

variedades medianamente sensíveis é possível uma boa protecção com os produtos<br />

autorizados, mas com as variedades mais sensíveis, os meios de luta autorizados e<br />

disponíveis só permitem bons resultados quando muito bem aplicados e, em geral, com<br />

elevado número de tratamentos.<br />

As medidas profilácticas e a aplicação de produtos indutores de resistência contri-<br />

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