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Variedades Regionais e Agricultura Biológica - DRAP Centro

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Pêro Pipo, Pardo Lindo, Malápio Fino, Bravo e Camoesa – inibições superiores a 90%.<br />

De entre estas cinco variedades, todas elas regionais, destaca-se a maçã Pêro Pipo<br />

que eliminou o radical na sua totalidade.<br />

As maçãs que apresentaram menor actividade antioxidante para este radical<br />

(inibições inferiores a 50%) foram as exóticas Starking e Gala Galaxy e a variedade<br />

regional Porta da Loja. As restantes maçãs apresentaram capacidades de inibição<br />

compreendidas entre 50 e 70%.<br />

Os resultados obtidos para este ensaio não se correlacionam com os apresentados<br />

anteriormente (ORAC), visto tratar-se de diferentes radicais e por conseguinte de<br />

diferentes tipos de reacção envolvidos no próprio mecanismo de protecção antioxidante.<br />

No método ORAC, o poder antioxidante de um composto é avaliado através da<br />

capacidade de doação de um átomo de hidrogénio por parte do composto antioxidante,<br />

ao passo que neste último ensaio o poder antioxidante é medido pela capacidade de<br />

determinados compostos complexarem iões metálicos e desta forma inibirem a geração<br />

de radicais OH • .<br />

Inibição da Oxidação da Lipoproteína de Baixa Densidade (LDL)<br />

Aos compostos fenólicos de origem vegetal com elevada actividade antioxidante<br />

é reconhecida a capacidade de proteger a lipoptoteína de baixa densidade (LDL) de<br />

se oxidar. Os efeitos da forma oxidada da LDL estão relacionados com a maioria das<br />

alterações observadas no mecanismo de desenvolvimento da aterosclerose. Devido a<br />

esta correlação a comunidade científica tem atribuido a estes compostos fenólicos a<br />

propriedade de ajudarem na prevenção de doenças cardiovasculares.<br />

Com o objectivo de avaliar se as maçãs actuam na protecção da oxidação da<br />

LDL in vitro, realizaram-se dois tipos de ensaio: 1º incubou-se a lipoproteína com um<br />

agente oxidante (AAPH- gerador de radicais peroxil); 2º incubou-se a lipoproteína<br />

com um agente oxidante (AAPH) e extracto de maçã (10 uL de extracto diluído com<br />

uma concentração correspondente a 10mg maçã/mL), e monitorizou-se a formação<br />

de dienos conjugados ao longo de oito horas a 37ºC (Esterbauer et al., 1989). A<br />

formação dos dienos conjugados é determinada por UV devido a variações na<br />

absorvância a 234 nm.<br />

Os resultados da sua aplicação nas maçãs em estudo estão expressos em<br />

termos de percentagem de retardação do tempo de latência relativamente ao controlo<br />

(Quadro 8).<br />

Da análise do quadro 8 é possível verificar que todos os extractos de maçã retardam<br />

a oxidação da LDL (aumento da fase de latência) induzida pelos radicais peroxil gerados<br />

pelo AAPH. No entanto, este efeito é mais acentuado nas maçãs Malápio Fino, JF29,<br />

Malápio da Ponte, Pipo de Basto, Bravo e Tarte, nas quais o aumento da fase de<br />

latência da oxidação da LDL foi igual ou superior a 35% em relação ao controlo. Destas<br />

seis variedades destaca-se a regional Malápio Fino que retardou a oxidação da LDL<br />

em 58%.<br />

As variedades Golden, Gala Galaxy, JF13 e Porta da Loja apresentaram menor<br />

efeito na inibição da oxidação da LDL (aumentos inferiores a 18% no tempo de latência).<br />

As restantes maçãs originaram um aumento compreendido entre 20 e 32%.<br />

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Capítulo 3 - Qualidade alimentar e mercado

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