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Variedades Regionais e Agricultura Biológica - DRAP Centro

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Entre 1986 e 2005 a área produtiva nacional registou uma quebra de 3%, sendo<br />

que apenas a região agrária do Ribatejo e Oeste registou um ligeiro aumento (5%).<br />

Todas as outras regiões perderam importância. Não obstante, e apesar das grandes<br />

oscilações ocorridas no período de 1995 a 1999, a produção aumentou cerca de 36%.<br />

Para este aumento contribuiu, em muito, a variação positiva de 43% no Ribatejo e<br />

Oeste.<br />

No que respeita às variedades produzidas, segundo dados do Inquérito Base à<br />

Plantação de Árvores de Fruto de 2002, o domínio da variedade Rocha é avassalador.<br />

Cerca de 98% do pomar nacional de pereiras é dedicado a esta variedade regional. De<br />

1992 a 2002, a variedade registou um acréscimo de 21%. Outras variedades regionais,<br />

como a Carapinheira, a Pérola e a D. Joaquina, apesar da ínfima expressão, ocupam<br />

mais área (1,5%) que as variedades Passe Crassane (0,53%) e William’s (0,35%).<br />

Resta salientar que a variedade Rocha ocupa cerca de 95% da área total de pereiras<br />

no Ribatejo e Oeste, o seu solar de produção. Mais uma vez a Rocha revela o seu<br />

domínio.<br />

Consumo, preços e comércio interno<br />

Pela análise da figura 12 é possível constatar que o consumo de pêra tem crescido<br />

em Portugal. Entre 1990 e 2005, registou-se um incremento de 36% na capitação das<br />

peras, com uma taxa média de crescimento anual de 1,8%. Se em 1990 o consumo per<br />

capita de pêra era de 7,9 Kg, em 2005 este valor chegou aos 10,5 Kg.<br />

Figura 12. Evolução do consumo per capita<br />

de pêra em Portugal (1990-2006) (INE, Balanços<br />

de Aprovisionamento de Produtos Vegetais)<br />

Figura 13. Evolução da balança comercial da<br />

pêra (1996-2005) (FAO, 2007)<br />

Segundo os últimos dados, ainda provisórios, das 117 mil toneladas postas à<br />

disposição dos consumidores portugueses na campanha 2004-2005, 78% foram<br />

produzidas internamente e 22% provinham de importação (GPP, 2007).<br />

No que concerne à balança comercial, a pêra apresenta um saldo positivo, uma vez<br />

que as saídas superam as entradas. Considerando os valores médios para o decénio<br />

em análise, as exportações são 41% superiores às importações. Em 2005 registou-se o<br />

maior volume de exportações. De acordo com GPP (2007), foram exportadas cerca de<br />

45 mil toneladas de pêra, as quais representaram um valor de 26 milhões de Euros.<br />

Segundo dados do GPP (2007), os principais fornecedores de Portugal são<br />

a Argentina (38%), a Espanha (35%), a África do Sul (10%) e o Chile (10%). Como<br />

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