17.04.2013 Views

boletim tr/es 2010.314 - Justiça Federal

boletim tr/es 2010.314 - Justiça Federal

boletim tr/es 2010.314 - Justiça Federal

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

FICAM INTIMADAS AS PARTES E SEUS ADVOGADOS DOS ATOS ORDINATÓRIOS/INFORMAÇÕES DA SECRETARIA<br />

NOS AUTOS ABAIXO RELACIONADOS<br />

91003 - MANDADO DE SEGURANÇA/ATO JUIZADO ESPECIAL<br />

61 - 2008.50.50.005425-9/01 IVANETE SERRA (DEF.PUB: Karina Rocha Mitleg Bayerl.) x UNIÃO FEDERAL (PROCDOR:<br />

OSIAS ALVES PENHA.) x MUNICÍPIO DE CONCEIÇÃO DA BARRA (ADVOGADO: ARISTIDES GOMES LAGES.) x<br />

ESTADO DO ESPIRITO SANTO (ADVOGADO: PAULO SERGIO MARSCHALL.) x JUIZ FEDERAL DO 1º JUIZADO<br />

ESPECIAL FEDERAL.<br />

E M E N T A<br />

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – OMISSÃO – INEXISTÊNCIA – INTIMAÇÃO – SESSÃO DE JULGAMENTO –<br />

DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO – DESNECESSÁRIA – AUSÊNCIA DE PREJUÍZO – RECURSO CONHECIDO E<br />

IMPROVIDO.<br />

A Defensoria Pública da União, em sede de embargos declaratórios, afirma que houve omissão no acórdão proferido pela<br />

Turma Recursal pelo fato de não ter sido p<strong>es</strong>soalmente intimada da pauta de julgamento. O art. 44, inciso I, da Lei<br />

Complementar 80/94 realmente prevê como prerrogativa dos membros da Defensoria Pública a intimação p<strong>es</strong>soal.<br />

En<strong>tr</strong>etanto, a Defensoria não explicou qual teria sido o prejuízo causado pela falta de intimação. A ausência de intimação<br />

não causa prejuízo porque a pr<strong>es</strong>ença do defensor na s<strong>es</strong>são de julgamento é d<strong>es</strong>tituída de sentido prático, uma vez que<br />

não há oportunidade para sustentação oral no julgamento informal da Turma Recursal. Segundo o art. 249, § 1º, do CPC, “o<br />

ato não se repetirá nem se lhe suprirá a falta quando não prejudicar a parte”.<br />

A interposição de embargos declaratórios possui função corretiva e integradora, exigindo que o próprio prolator da decisão<br />

exerça sua função jurisdicional com acerto e precisão. Os embargos opostos não apontam qualquer dúvida, omissão,<br />

con<strong>tr</strong>adição ou obscuridade a <strong>es</strong>clarecer, apenas relatam a inconformidade da Defensoria Pública devido à ausência da<br />

intimação p<strong>es</strong>soal.<br />

Assim, r<strong>es</strong>tam ausent<strong>es</strong> os requisitos do art. 535 do CPC.<br />

Embargos conhecidos e improvidos.<br />

A C Ó R D Ã O<br />

Vistos, relatados e discutidos <strong>es</strong>t<strong>es</strong> autos, em que são part<strong>es</strong> as acima indicadas, decide a Turma Recursal do Juizado<br />

Especial <strong>Federal</strong> da Seção Judiciária do Espírito Santo, NEGAR PROVIMENTO AOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, na<br />

forma da ementa constante dos autos, que fica fazendo parte integrante do pr<strong>es</strong>ente julgado.<br />

91001 - RECURSO/SENTENÇA CÍVEL<br />

62 - 2009.50.53.000026-9/01 INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS (PROCDOR: UBIRATAN CRUZ<br />

RODRIGUES.) x BENEDITO BANDEIRA COSTA (ADVOGADO: JARDEL CIPRIANO RAMOS.).<br />

E M E N T A<br />

PREVIDENCIÁRIO – RESTABELECIMENTO DE AUXÍLIO-DOENÇA – INCAPACIDADE LABORAL COMPROVADA –<br />

DATA DE INÍCIO DO BENEFÍCIO – RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO – SENTENÇA<br />

PARCIALMENTE REFORMADA.<br />

1. Trata-se de recurso inominado interposto pelo INSS em face da sentença de fls. 59/61, que julgou procedente o pedido<br />

para condenar o recorrente a conceder o benefício de auxílio-doença à parte autora d<strong>es</strong>de a data da c<strong>es</strong>sação<br />

adminis<strong>tr</strong>ativa do m<strong>es</strong>mo. Alega o INSS, em suas razõ<strong>es</strong> recursais, que diante da con<strong>tr</strong>adição do laudo médico judicial, a<br />

sentença deve ser anulada para reabrir a ins<strong>tr</strong>ução probatória e realizar ou<strong>tr</strong>a perícia com novo perito. Requer, ainda, em<br />

caso de manutenção da sentença, que seja alterada a DIB para a data da realização da perícia judicial.<br />

2. O auxílio-doença, conforme o artigo 59 da Lei 8.213/91, será devido ao segurado que, tendo cumprido, quando for o<br />

caso, o período de carência exigido, ficar incapacitado para o seu <strong>tr</strong>abalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15<br />

(quinze) dias consecutivos.<br />

3. Quanto à alegação de superficialidade e con<strong>tr</strong>adiçõ<strong>es</strong> do laudo médico judicial, não há que prosperar, pois o expert<br />

definiu de forma clara e precisa que a parte autora é portadora de doença que a incapacita para o <strong>tr</strong>abalho. A perícia<br />

médica judicial (fls. 32/36) e posterior complementação (fl. 43) constataram a incapacidade do autor, afirmando que o<br />

m<strong>es</strong>mo é portador de hipertensão arterial e lombalgia. Importante d<strong>es</strong>tacar que não houve, em momento oportuno,<br />

impugnação do INSS ao laudo médico judicial invocando a anulação da perícia devido à suposta con<strong>tr</strong>ariedade. Deve-se,<br />

portanto, ser r<strong>es</strong>tabelecido o benefício de auxílio-doença.<br />

4. Com relação à data de início do benefício, fixada pela sentença a quo d<strong>es</strong>de a c<strong>es</strong>sação do benefício anterior, merece<br />

acolhimento a arguição. Isso decorre do fato de que não há nenhum laudo médico, m<strong>es</strong>mo que particular, que comprove a<br />

incapacidade laboral do autor no período posterior à c<strong>es</strong>sação do benefício, pois o último documento relacionado com a<br />

doença do autor data de 03/01/06 (fl. 17). Diante da inexistência de laudos capaz<strong>es</strong> de comprovar a pr<strong>es</strong>ença da<br />

incapacidade do autor naquele momento, deve ser alterada a DIB para a data de realização da perícia médica judicial, em<br />

14/04/2009 (fl. 36).<br />

5. Pelo exposto, houve o preenchimento dos requisitos para a percepção do benefício de auxílio-doença, devendo a DIB ser<br />

fixada na data da realização da perícia médica judicial.<br />

6. Recurso conhecido e parcialmente provido. Sentença parcialmente reformada.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!