boletim tr/es 2010.314 - Justiça Federal
boletim tr/es 2010.314 - Justiça Federal
boletim tr/es 2010.314 - Justiça Federal
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
127 - 2008.50.54.000096-1/01 MYRTES MARIA DALCAMINI PANCIERI (ADVOGADO: BRUNO SANTOS ARRIGONI,<br />
HENRIQUE SOARES MACEDO.) x INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS (PROCDOR: Paulo Henrique<br />
Vaz Fidalgo.).<br />
Proc<strong>es</strong>so nº 2008.50.54.000096-1/01<br />
Recorrente : MYRTES MARIA DALCAMINI PANCIERI<br />
Recorrido : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL – INSS<br />
E M E N T A<br />
RECURSO INOMINADO – PREVIDENCIÁRIO – APOSENTADORIA RURAL POR IDADE – REGIME DE ECONOMIA<br />
FAMILIAR NÃO CARACTERIZADO - RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO – SENTENÇA MANTIDA POR SEUS<br />
PRÓPRIOS FUNDAMENTOS<br />
1. Trata-se de recurso inominado interposto por MYRTES MARIA DALCAMINI PANCIERI con<strong>tr</strong>a a r. sentença de fls.<br />
108/114, que julgou improcedente o pedido inicial.<br />
2. Em suas razõ<strong>es</strong> recursais, alega a recorrente que a falta de informaçõ<strong>es</strong> sobre o exercício da atividade de motorista de<br />
seu cônjuge não possui o condão de d<strong>es</strong>caracterizar a condição de segurada <strong>es</strong>pecial da m<strong>es</strong>ma, tendo em vista ter sido<br />
matéria de def<strong>es</strong>a, cujo ônus de comprová-la caberia ao INSS. Afirma que a atividade urbana exercida pelo seu cônjuge<br />
somente teria o condão de d<strong>es</strong>caracterizar a qualidade de <strong>tr</strong>abalhadora rural em regime de economia familiar caso a renda<br />
advinda do labor urbano fosse suficiente para a manutenção da família, o que não ocorreu na hipót<strong>es</strong>e dos autos. Sustenta,<br />
por fim, que “... o labor urbano não retira a qualidade de segurada <strong>es</strong>pecial da Recorrente, pois o labor rural em regime de<br />
economia familiar exercido pela m<strong>es</strong>ma tinha o objetivo de auxiliar na subsistência de sua família”.<br />
3. Para o deferimento do benefício da aposentadoria por idade, é impr<strong>es</strong>cindível que se comprove o exercício de atividad<strong>es</strong><br />
por período equivalente à carência <strong>es</strong>tabelecida, sendo que o art. 142 da Lei n. 8.213/1991 dispõe a r<strong>es</strong>peito do número de<br />
m<strong>es</strong><strong>es</strong> nec<strong>es</strong>sários para que o <strong>tr</strong>abalhador implemente a condição. Esse diploma legal considera segurado <strong>es</strong>pecial o<br />
produtor, parceiro, meeiro, comodatário ou arrendatário que exerçam suas atividad<strong>es</strong>, individualmente ou em regime de<br />
economia familiar (art. 11, inciso VII), sendo certo que se exige, pelo menos, um início de prova material para a<br />
comprovação do tempo de serviço do rurícola (art. 55, § 3º).<br />
4. Segundo o art. 11, inciso VII, § 1.º, da Lei n.º 8.213/91, "Entende-se como regime de economia familiar a atividade em<br />
que o <strong>tr</strong>abalho dos membros da família é indispensável à própria subsistência e ao d<strong>es</strong>envolvimento socioeconômico do<br />
núcleo familiar e é exercido em condiçõ<strong>es</strong> de mútua dependência e colaboração, sem a utilização de empregados<br />
permanent<strong>es</strong>".<br />
5. Na hipót<strong>es</strong>e em apreço, andou bem o juízo de origem ao concluir pelo indeferimento do benefício, vez que, a d<strong>es</strong>peito da<br />
pr<strong>es</strong>ença de início de prova material e da confirmação das t<strong>es</strong>temunhas acerca das alegaçõ<strong>es</strong> autorais, o documento de fl.<br />
85 comprovou que o cônjuge da autora percebe benefício previdenciário no valor de R$ 1.024,24, autorizando concluir que<br />
o sustento da família provinha da renda auferida pela atividade de motorista exercida pelo cônjuge da recorrente, superior<br />
ao recebido pela autora na atividade rural, o que d<strong>es</strong>caracterizou o regime de economia familiar.<br />
6. Diante do que foi exposto e analisado, não merece qualquer reforma a sentença, cujos argumentos utilizo como razão de<br />
decidir.<br />
7. Sentença mantida. Recurso conhecido e improvido.<br />
8. Sem custas e condenação em honorários advocatícios, tendo em vista que a recorrente goza do benefício da assistência<br />
judiciária gratuita (fl. 129).<br />
A C Ó R D Ã O<br />
Vistos, relatados e discutidos <strong>es</strong>t<strong>es</strong> autos, em que são part<strong>es</strong> as acima indicadas, decide a Turma Recursal do Juizado<br />
Especial <strong>Federal</strong> da Seção Judiciária do Espírito Santo, CONHECER E NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO<br />
INOMINADO, na forma da ementa constante dos autos, que fica fazendo parte integrante do pr<strong>es</strong>ente julgado.<br />
Fernando C<strong>es</strong>ar Baptista de Mattos<br />
Juiz <strong>Federal</strong> Relator<br />
128 - 2009.50.53.000492-5/01 IVANILDE OLIVEIRA DA SILVA (ADVOGADO: ACLIMAR NASCIMENTO TIMBOÍBA.) x<br />
INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS (PROCDOR: ERIN LUÍSA LEITE VIEIRA.).<br />
Proc<strong>es</strong>so nº 2009.50.53.000492-5/01<br />
Recorrente : IVANILDE OLIVEIRA DA SILVA<br />
Recorrido : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL – INSS<br />
E M E N T A<br />
RECURSO INOMINADO – PREVIDENCIÁRIO – APOSENTADORIA RURAL POR IDADE – ATIVIDADE NÃO ESSENCIAL<br />
À SUBSISTÊNCIA - AUSÊNCIA DE PROVA CONTEMPORÂNEA - RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO – SENTENÇA<br />
MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS.<br />
1. Trata-se de recurso inominado interposto por IVANILDE OLIVEIRA DA SILVA con<strong>tr</strong>a a r. sentença de fls. 64/66, que<br />
julgou improcedente o pedido formulado na incial.