17.04.2013 Views

boletim tr/es 2010.314 - Justiça Federal

boletim tr/es 2010.314 - Justiça Federal

boletim tr/es 2010.314 - Justiça Federal

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

levou em consideração os cálculos apr<strong>es</strong>entados pela autarquia, de modo a afastar os da própria contadoria do juízo. Alega<br />

que os cálculos da autarquia não consideraram a aplicação do disposto no art. 29, II, da Lei 8.213/91, chegando a um valor<br />

equivocado.<br />

3. Pela leitura da inicial depreende-se que a qu<strong>es</strong>tão con<strong>tr</strong>overtida se refere, única e exclusivamente, à aplicação da regra<br />

do § 5º do art. 29 da Lei 8213 / 99, ou seja, em casos de conc<strong>es</strong>são de aposentadoria por invalidez decorrent<strong>es</strong> de<br />

conversão de auxílio-doença, se no cálculo da RMI daquele devem ser considerados como salário-de-con<strong>tr</strong>ibuição o<br />

salário-de-benefício d<strong>es</strong>te. Agora, qual a definição do salário-de-benefício, se a média aritmética simpl<strong>es</strong> dos maior<strong>es</strong><br />

salários-de-con<strong>tr</strong>ibuição corr<strong>es</strong>pondent<strong>es</strong> a oitenta por cento de todo o período con<strong>tr</strong>ibutivo (art. 29 – II da Lei 8213 / 99) ou<br />

a soma dos salários-de-con<strong>tr</strong>ibuição dividido pelo número de con<strong>tr</strong>ibuiçõ<strong>es</strong> apurado para o caso de contar o segurado com<br />

menos de cento e quarenta e qua<strong>tr</strong>o con<strong>tr</strong>ibuiçõ<strong>es</strong> mensais no período con<strong>tr</strong>ibutivo, <strong>tr</strong>ata-se de qu<strong>es</strong>tão <strong>es</strong><strong>tr</strong>anha ao objeto<br />

da lide e não passível de r<strong>es</strong>olução na sentença por ausência de pedido expr<strong>es</strong>so, con<strong>tr</strong>aditório e ampla def<strong>es</strong>a sobre o<br />

ponto. Segundo o princípio da congruência, é fundamental que exista uma fiel correlação en<strong>tr</strong>e os pedidos e o provimento<br />

jurisdicional, sob pena de nulidade da sentença por julgamento ex<strong>tr</strong>a, ul<strong>tr</strong>a ou ci<strong>tr</strong>a petita.<br />

4. Assim, se o valor positivo encon<strong>tr</strong>ado nos cálculos da contadoria decorreu da revisão do benefício mediante a aplicação<br />

do art. 29, II, da Lei 8.213/91, devem ser acolhidos os cálculos do INSS, que demons<strong>tr</strong>ou que, aplicada a revisão<br />

efetivamente pleiteada (art. 29, §5º.), o valor da renda mensal atual diminuiria de R$1.356,16 para R$1.331,50. Logo,<br />

percebe-se que a alegação recursal não merece acolhida, uma vez que a revisão pleiteada no recurso d<strong>es</strong>toa nitidamente<br />

dos limit<strong>es</strong> objetivos fixados pela exordial.<br />

5. Por ou<strong>tr</strong>o lado, analisando os cálculos da contadoria às fls. 56/66 em confronto com aquel<strong>es</strong> apr<strong>es</strong>entados pelo INSS às<br />

fls. 67 / 77, percebe-se que a diferença não foi gerada pela aplicação ou não do art. 29, II da Lei 8.213/91, mas sim porque,<br />

no cálculo dos valor<strong>es</strong> recebidos, a contadoria do Juízo não informou a data de início do benefício anterior (fl. 63),<br />

07.07.2001, alimentando o r<strong>es</strong>pectivo campo do sistema de cálculos com a data de início da aposentadoria (28.05.2002).<br />

Assim, na apuração histórica das diferenças recebidas, os valor<strong>es</strong> foram reajustados em índice inferior ao real, que<br />

considerava a data de inicio do benefício anterior. Essa qu<strong>es</strong>tão, aliás, foi bem enfrentada pela sentença (a partir do último<br />

parágrafo à fl. 82), cujos fundamentos aqui reitero, n<strong>es</strong>te particular. Por tais razõ<strong>es</strong>, a sentença não merece reforma.<br />

6. Recurso conhecido e não provido. Sem custas (art. 4, II, Lei 9.289/96). Condenação em honorários fixados no valor de<br />

R$ 50,00 (cinqüenta reais), com fulcro no art. 55 da Lei 9.099/95 na forma do art. 12 da Lei 1060/50.<br />

A C Ó R D Ã O<br />

Vistos, relatados e discutidos <strong>es</strong>t<strong>es</strong> autos, em que são part<strong>es</strong> as acima indicadas, decide a Turma Recursal dos Juizados<br />

Especiais Federais da Seção Judiciária do Espírito Santo, NEGAR PROVIMENTO ao recurso interposto pela parte autora,<br />

na forma da ementa constante dos autos, que fica fazendo parte integrante do pr<strong>es</strong>ente julgado.<br />

39 - 2004.50.51.000880-0/01 ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (UFRJ) -<br />

CENTRO DE TECNOLOGIA (PROCDOR: Olivia Braz Vieira de Melo.) x JANAINA MOURO NOÉ (ADVOGADO: JARDEL<br />

FAVERO JUNIOR.).<br />

E M E N T A<br />

INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. CANCELAMENTO DE CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO MBA EM<br />

GESTÃO EMPRESARIAL APÓS O INÍCIO DO SEMESTRE LETIVO, DIANTE DA IMPOSSIBILIDADE DE ADIMPLEMENTO<br />

DO CONTRATO FIRMADO PELA EE/UFRJ COM PESSOA JURÍDICA RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO. ART. 14 DO<br />

CDC. FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. DANO MATERIAL E MORAL CONFIGURADOS. JUROS APLICADOS NA<br />

FORMA DA LEI 11.960/2009. RECURSO DA UFRJ PARCIALMENTE PROVIDO.<br />

A C Ó R D Ã O<br />

Vistos, relatados e discutidos <strong>es</strong>t<strong>es</strong> autos, em que são part<strong>es</strong> as acima indicadas, decide a Turma Recursal do Juizado<br />

Especial <strong>Federal</strong> da Seção Judiciária do Espírito Santo, DAR PARCIAL PROVIMENTO ao recurso interposto pela UFRJ,<br />

nos termos da ementa – parte integrante d<strong>es</strong>te julgado.<br />

40 - 2008.50.50.008188-3/01 KENIA DE OLIVEIRA GONÇALVES (ADVOGADO: VINICIUS SUZANA VIEIRA.) x CAIXA<br />

ECONOMICA FEDERAL (ADVOGADO: RENATO MIGUEL.).<br />

E M E N T A<br />

RESPONSABILIDADE CIVIL. DANO MORAL NÃO CONFIGURADO. INEXISTÊNCIA DE ATO ILÍCITO. EXERCÍCIO<br />

REGULAR DE DIREITO. EXCLUDENTE DE ILICITUDE. RECURSO NÃO PROVIDO.<br />

1. Trata-se de recurso interposto pela parte autora con<strong>tr</strong>a sentença que julgou parcialmente procedent<strong>es</strong> os pedidos<br />

formulados na inicial, condenando a ré à reativação da conta corrente e indeferindo o pleito de indenização por dano moral.<br />

A autora sustenta que faz jus à indenização por danos morais pleiteada, em razão do cancelamento indevido de sua conta<br />

corrente. Con<strong>tr</strong>arrazõ<strong>es</strong> as fls. 78/85.<br />

2. A autora abriu junto à instituição financeira ré conta universitária, que a possibilitava pagar as pr<strong>es</strong>taçõ<strong>es</strong> <strong>tr</strong>im<strong>es</strong><strong>tr</strong>ais do<br />

FIES (Financiamento Estudantil), no valor de R$ 50,00 (cinqüenta reais), na forma de débito automático. En<strong>tr</strong>etanto, por<br />

várias vez<strong>es</strong>, durante o ano de 2008, utilizou-se do crédito adicional fornecido pela adminis<strong>tr</strong>adora de cartão de crédito<br />

(crédito rotativo), que a permitia sacar dinheiro em caixas ele<strong>tr</strong>ônicos, devendo ser a quantia posteriormente paga acr<strong>es</strong>cida<br />

de juros/IOF. D<strong>es</strong>se modo, em algumas ocasiõ<strong>es</strong>, no momento de debitar o valor referente ao FIES, a conta apr<strong>es</strong>entava

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!