17.04.2013 Views

boletim tr/es 2010.314 - Justiça Federal

boletim tr/es 2010.314 - Justiça Federal

boletim tr/es 2010.314 - Justiça Federal

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

carteira de filiação ao Sindicato dos Trabalhador<strong>es</strong> Rurais de Castelo, cadas<strong>tr</strong>o agropecuário de 1987 e, principalmente,<br />

inscrição do falecido como segurado <strong>es</strong>pecial perante a Previdência Social em 1997 (fl. 29).<br />

4. A profissão regis<strong>tr</strong>ada na certidão de óbito realmente vai de encon<strong>tr</strong>o às demais provas documentais, mas não entendo<br />

que afaste a conc<strong>es</strong>são do benefício. De fato, o que se afigura pr<strong>es</strong>ente nos pr<strong>es</strong>ent<strong>es</strong> autos é o confronto en<strong>tr</strong>e provas<br />

documentais que deve ser r<strong>es</strong>olvido pelo critério da valoração das m<strong>es</strong>mas. No caso dos autos, entendo que a informação<br />

pr<strong>es</strong>tada na certidão de óbito (motorista), sem nenhum amparo em ou<strong>tr</strong>o meio de prova produzido nos autos, deve ceder<br />

ante a prova documental e t<strong>es</strong>temunhal robusta no sentido de que o falecido, d<strong>es</strong>de 1997 e até o óbito, <strong>tr</strong>abalhou como<br />

segurado <strong>es</strong>pecial. Não há nenhuma informação em dados cadas<strong>tr</strong>ais como o CNIS de vínculo de emprego do falecido na<br />

condição de motorista. Reconheço, portanto, que o de cujus faleceu na condição de segurado <strong>es</strong>pecial.<br />

5. O início de prova documental, que não precisa abranger todo o período pretendido, e, no caso dos autos (pensão por<br />

morte), basta que se refira ao momento do óbito (pois pensão por morte dispensa carência), foi corroborado pela prova<br />

t<strong>es</strong>temunhal. A dependência econômica da autora é pr<strong>es</strong>umida, de acordo com o art. 16, §4º da Lei 8.213/91, por ser<br />

<strong>es</strong>posa do segurado falecido, bem como de seu filho relativamente incapaz.<br />

6. Sentença mantida, também, por seus próprios fundamentos, na forma do art. 46 da Lei 9099/95.<br />

7. Recurso do INSS conhecido e não provido. Sem custas (art. 4º – I, Lei 9.289/96). Condenação do recorrente ao<br />

pagamento dos honorários advocatícios de sucumbência, que fixo em 10 % sobre o valor da causa.<br />

A C Ó R D Ã O<br />

Vistos, relatados e discutidos <strong>es</strong>t<strong>es</strong> autos, em que são part<strong>es</strong> as acima indicadas, decide a Turma Recursal do Juizado<br />

Especial <strong>Federal</strong> da Seção Judiciária do Espírito Santo, CONHECER E NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO<br />

INTERPOSTO PELO INSS, na forma da ementa constante dos autos, que fica fazendo parte integrante do pr<strong>es</strong>ente<br />

julgado.<br />

FICAM INTIMADAS AS PARTES E SEUS ADVOGADOS DOS ATOS ORDINATÓRIOS/INFORMAÇÕES DA SECRETARIA<br />

NOS AUTOS ABAIXO RELACIONADOS<br />

60 - 2006.50.50.002499-4/01 LUIZ CARLOS CALDAS (ADVOGADO: MARIA DA PENHA TRISTAO CALMON ALVES.) x<br />

INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS (PROCDOR: MARCIA RIBEIRO PAIVA.).<br />

PODER JUDICIÁRIO<br />

JUSTIÇA FEDERAL<br />

Seção Judiciária do Espírito Santo<br />

Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais<br />

Proc<strong>es</strong>so nº 2006.50.50.002499-4/01<br />

Recorrente : LUIZ CARLOS CALDAS<br />

Recorrido : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS<br />

E M E N T A<br />

RECURSO INOMINADO - PREVIDENCIÁRIO – TRABALHO ESPECIAL –AGENTES NOCIVOS À SAÚDE – TEMPO DE<br />

SERVIÇO DISCIPLINADO PELA LEI VIGENTE À ÉPOCA – RECURSO IMPROVIDO - SENTENÇA MANTIDA.<br />

1. Trata-se de recurso inominado interposto pela parte autora, ora recorrente, con<strong>tr</strong>a sentença proferida pelo juiz a quo que<br />

julgou improcedente a pretensão externada na inicial d<strong>es</strong>ta ação. O recorrente, em suas razõ<strong>es</strong> recursais, sustenta que o<br />

Decreto n. 93.412/86, ao <strong>es</strong>tabelecer o direito à percepção do adicional de periculosidade, conferiu caráter <strong>es</strong>pecial à<br />

atividade de <strong>tr</strong>abalhador<strong>es</strong> expostos de forma habitual a risco elé<strong>tr</strong>ico, possibilitando assim a aposentadoria aos 25 anos de<br />

<strong>tr</strong>abalho, ainda que a atividade exercida não conste de forma expr<strong>es</strong>sa nos Decretos ns. 53.831/64, 83.080/79 e 2.172/97.<br />

Frisa que o magis<strong>tr</strong>ado a quo se equivocou na medida em que d<strong>es</strong>considerar que, de janeiro/2002 a dezembro/2004, havia<br />

exposição a ruído com nível de pr<strong>es</strong>são sonora equivalente a 85,21 dB, portanto superior aos 85 dB fixados pelo Decreto n.<br />

4.882/2003.<br />

2. O tempo de serviço <strong>es</strong>pecial é aquele decorrente de serviços pr<strong>es</strong>tados sob condiçõ<strong>es</strong> prejudiciais à saúde ou em<br />

atividad<strong>es</strong> com riscos superior<strong>es</strong> aos normais para o segurado e, cumpridos os requisitos legais, dá direito à aposentadoria<br />

<strong>es</strong>pecial. As atividad<strong>es</strong> consideradas prejudiciais à saúde foram definidas pela legislação previdenciária, <strong>es</strong>pecificamente,<br />

pelos Decretos 53.831/64, 83.080/79 e 2.172/97.<br />

3. A Medida Provisória nº 1.633-13/98, convertida na Lei nº 9.711/98, dispôs em seu art. 28, que é direito do <strong>tr</strong>abalhador

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!