17.04.2013 Views

boletim tr/es 2010.314 - Justiça Federal

boletim tr/es 2010.314 - Justiça Federal

boletim tr/es 2010.314 - Justiça Federal

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

6. Recurso da parte autora conhecido e não provido. Erro material corrigido de ofício para fixar a DIB em 16/10/2009 - data<br />

da realização da perícia. Sem condenação em custas e honorários (art. 55, da Lei 9.099/95).<br />

ACÓRDÃO<br />

Vistos, relatados e discutidos <strong>es</strong>t<strong>es</strong> autos, decide a Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária<br />

do Espírito Santo CONHECER e NEGAR PROVIMENTO ao recurso da parte autora, nos termos da ementa – parte<br />

integrante d<strong>es</strong>te julgado. ERRO MATERIAL CORRIGIDO DE OFÍCIO PARA ALTERAR A DATA DA DIB FIXADA NA<br />

SENTENÇA.<br />

33 - 2008.50.51.002249-8/01 ANA RITA ALOCHIO MARCONSINI (ADVOGADO: Valber Cruz Cereza.) x INSTITUTO<br />

NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS (PROCDOR: Vinícius de Lacerda Aleodim Campos.).<br />

EMENTA<br />

PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-DOENÇA. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. AUSÊNCIA DE INCAPACIDADE<br />

LABORATIVA. RECURSO NÃO PROVIDO. SENTENÇA MANTIDA<br />

1. Trata-se de recurso inominado interposto pela parte autora em face de sentença que julgou improcedente o pedido de<br />

conc<strong>es</strong>são de auxílio-doença e sua conversão em aposentadoria por invalidez. A autora insurge-se con<strong>tr</strong>a as conclusõ<strong>es</strong> do<br />

laudo pericial, afirmando <strong>es</strong>tar incapacitada para o exercício de sua atividade habitual (lavradora), conforme laudos<br />

particular<strong>es</strong> pr<strong>es</strong>ent<strong>es</strong> nos autos. Requer a anulação da sentença, para que seja realizada nova perícia médica.<br />

Con<strong>tr</strong>arrazõ<strong>es</strong> às fls. 59/61.<br />

2. Inicialmente, cumpre salientar que o INSS, em suas con<strong>tr</strong>arrazõ<strong>es</strong>, pugnou pela intemp<strong>es</strong>tividade do recurso apr<strong>es</strong>entado<br />

pela autora. Contudo, não lhe assiste razão, uma vez que a vara de origem <strong>es</strong>teve em inspeção e os prazos foram<br />

suspensos no período de 24 a 28 de maio de 2010, conforme certidão de fl. 61/verso.<br />

3. No mérito, não assiste razão à parte autora. O perito do juízo (fls. 33/34) d<strong>es</strong>creve que a autora sofre de<br />

<strong>es</strong>pondilodiscoar<strong>tr</strong>ose lombar e depr<strong>es</strong>são, concluindo, todavia, pela ausência de incapacidade para o exercício da<br />

atividade habitual de lavradora (qu<strong>es</strong>itos 7, 9 e 10 do INSS), uma vez que a autora não apr<strong>es</strong>enta con<strong>tr</strong>aturas muscular<strong>es</strong>,<br />

nem r<strong>es</strong><strong>tr</strong>içõ<strong>es</strong> de movimento de <strong>tr</strong>onco ou membros, não tendo sido constatados sintomas ou quadro clínico incapacitante<br />

(qu<strong>es</strong>ito 4 da autora).<br />

4. O pedido de anulação da decisão não merece prosperar, visto que não houve cerceamento de def<strong>es</strong>a. A autora formulou<br />

seus qu<strong>es</strong>tionamentos às fls. 08/09, os quais foram devidamente r<strong>es</strong>pondidos pelo perito judicial (fl. 33). Ademais, o laudo<br />

de r<strong>es</strong>sonância magnética da coluna lombo-sacra (fl. 17) concluiu pela existência de “sinais incipient<strong>es</strong> de<br />

<strong>es</strong>pondilodiscoar<strong>tr</strong>ose lombar” e “discopatia incipiente em L2-L3”. Assim, não verifico a existência de elementos que<br />

determinem a realização de nova perícia médica.<br />

5. As alegaçõ<strong>es</strong> do autor, os laudos particular<strong>es</strong> e demais documentos juntados não são suficient<strong>es</strong> para afastar a<br />

conclusão do laudo pericial. O laudo médico particular é prova unilateral, enquanto o laudo médico pericial produzido pelo<br />

juízo é, em princípio, imparcial. O laudo pericial, sendo conclusivo a r<strong>es</strong>peito da plena capacidade laborativa, há de<br />

prevalecer sobre o particular. (Enunciado 08 da TR/ES).<br />

6. Recurso não provido. Sentença mantida. Sem custas (art. 4° II – Lei 9.289/96). Condena-se a recorre nte ao pagamento<br />

de honorários advocatícios no valor de R$ 50,00 (cinqüenta reais), atendendo-se ao disposto no art. 20 § 4° do CPC c/c art.<br />

55 da Lei 9.099/95, observando-se o disposto no art. 12 da Lei 1.060/50.<br />

A C Ó R D Ã O<br />

Vistos, relatados e discutidos <strong>es</strong>t<strong>es</strong> autos, decide a Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária<br />

do Espírito Santo conhecer e NEGAR PROVIMENTO ao recurso interposto pela autora, nos termos da ementa – parte<br />

integrante d<strong>es</strong>te julgado.<br />

34 - 2008.50.51.001396-5/01 INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS (PROCDOR: OLÍVIA BRAZ VIEIRA DE<br />

MELO.) x JOSEFA SOARES DE SOUZA (ADVOGADO: Valber Cruz Cereza.).<br />

E M E N T A<br />

PREVIDENCIÁRIO – APOSENTADORIA POR INVALIDEZ – TRABALHADORA RURAL – INCAPACIDADE – SENTENÇA<br />

DE PROCEDÊNCIA – RECURSO DO INSS NÃO PROVIDO.<br />

1. Recurso inominado interposto pelo INSS, em face de sentença que julgou procedente pedido de conc<strong>es</strong>são de<br />

aposentadoria por invalidez, bem como pagamento de parcelas a<strong>tr</strong>asadas de auxílio-doença. Sustenta o recorrente que: (1)<br />

não foi constatada pelo perito judicial e pelo perito do INSS a incapacidade para o labor; (2) a sentença não poderia ter se<br />

embasado apenas em um laudo particular, e em p<strong>es</strong>quisas realizadas na internet.<br />

2. O perito, às fls. 69/70, constatou que a autora sofre de pênfigo foliáceo (CID L 10.2), que ocasiona l<strong>es</strong>õ<strong>es</strong> na pele quando<br />

em fase aguda. Contudo, afirmou que “o quadro clínico encon<strong>tr</strong>ado não sugere agravamento por exposição solar” (qu<strong>es</strong>ito 9<br />

da autora), e concluiu que “a doença não induz incapacidade para atividad<strong>es</strong> na lavoura, no momento” (qu<strong>es</strong>ito 10 do<br />

INSS). No entanto, <strong>es</strong>sa afirmação não se coaduna com as demais provas dos autos, devendo ser aplicado o art. 436 do

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!