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atravessa por meio de uma agulha própria, que leva enfiada
a tira do sedenho, ou por meio do bisturi, passando depois
a tira com um estylete; depois applica-se uma prancheta
de fios, e uma compressa de panno, que se mantém no
seu logar por meio déligaimrfa ou de pontos de adhesivo.
A tira do sedenho deve ficar enrolada numa das extremidades,
e a outra cosida á, compressa, para se não tirar
do seu logar. O curativo do sedenho faz-se todos os dias,
comprimindo os bordos da ferida para limpar bem o pus;
passa-se depois uma porção da tira para continuar a estimular
os tecidos, corta-se a que estava na ferida, e renovam-se
os appositos.
Quando se quizer augmentar a suppuração do sedenho,
cobre-se a tira com unguento amarello, ou outro mais
irritante; nos bois costumam usar dos preparados de euphorbio.
O chamado sedenho inglez consiste numa rodela de
couro, que se introduz nos tecidos por meio de uma incisão
longitudinal, feita na pelle; porém este sedenho
applica-se com mais especialidade no peito, e não carece
de aposito algum.
Applica-se o sedenho nas partes mais abundantes em
tecido cellular, que favorecem a suppuração e separam o
sedenho ou fonticulo dos órgãos mais importantes. Escolhem-se
portanto a nuca, os lados do peito, a taboa do
pescoço, a parte interna das coxas, a espádoa, etc. O
fonticulo e sedenho são os mais poderosos derivantes para
combaterem as moléstias chronicas, e muito applicados
no tractamento da morve, da coryza, das ophthalmias rebeldes,
e d'outras moléstias.