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ter communicaçâo alguma com os sãos, evitando cuidadosamente,
que os gatos, cães, ou outro qualquer animal
os acompanhem, para que não venham depois communicar
com os outros animaes sãos.
Os estabulos destinados para servirem de lazaretos,
devem estar collocados fora de povoado, e separados por
todos os lados, por fôrma que possam ser bem ventilados.
Estabeleçam-se os lazaretos até mesmo no caso em que
se não tenha declarado uma epizootia, mas logo que ella
reinar n'outro paiz vizinho.
Construam-se lazaretos nos portos de mar ou juneto
á raia de Hespanha, conforme se receiar que a epizootia
se transmitia por mar ou por terra; e sempre nas proximidades
da localidade onde ella reina. Nestes lazaretos
devem guardar-se os animaes e os objectos suspeitos, e
que procederam dos logares em que reina moléstia contagiosa,
a fim de serem desinfectados e tractados convenientemente.
A demora dos animaes nos lazaretos era
antigamente de quarenta dias, e d'aqui lhe veiu o nome
de quarentena; mas deve variar conforme as moléstias, e
por isso convém que seja determinada pela auctoridade,
consultando para isso os peritos (1).
3. a MORTE DOS ANIMAES DOENTES E SUSPEITOS DE CON­
TAGIO. Nas epizootias muito contagiosas recommenda-se
a morte não só dos animaes atacados pela epizootia, mas
até d'aquelles que se suspeita foram por elles contagiados
(2).
Os animaes sejam mortos sem effusão de sangue, e no
(1) Em França é ordenada a separação dos animaes, no caso do
moléstia contagiosa, pelo Accordam de 16 de julho de 1784, pelo
Decreto da Constituinte de 6 de outubro de 1791, e pelos artigos
459,460 e 461 do Código Penal.
(2) Esta medida de Policia sanitária é seguida na Inglaterra e
na Suíssa, e em França é determinada pelo Accordam' do Conselho
de Estado de 16 de julho de 1784, artigo 6, e pelas leis de 16 e '24
de agosto de 1790.
VOL. II 30