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meas satisfazem tanto um animal, como meio de cevada
ou de aveia; mas não fortificam tanto, porque os cavallos
nutridos, em grande parte, com este alimento, tornam-se
pesados e molles, cansam e suam com facilidade; e, sendo
este alimento muito continuado, produz diarrhéa. Portanto
deve sempre dar-se com outros alimentos, e em pequena
quantidade: o seu uso é vantajoso para domar os cavallos
fogosos e bravos, mas não convém aos cavallos destinados
a serviços violentos.
Os effeitos debilitantes da semea e sua qualidade indigesta,
podem corrigir-se, sendo misturada com palha ou
feno; porém não deve desprezar-se, por isso que engorda
facilmente os animaes.
A maior parte dos accidentes, que se tem attribuido
á semea, taes como: o meteorismo, as indigestões, as
gastrites, as affecçôes verminosas, as moléstias de caracter
pútrido, etc, são devidos ao abuso do emprego da semea,
e pela mór parte ás suas alterações, quando é antiga e
que está ardida, tornando-se de côr escura, com cheiro
azedo ou pútrido, quente e humida, que tem bolor, etc;
a semea assim alterada, deve sempre rejeitar-se, porque
não ha meio de melhoral-a.
SESIEHTES DAS PLANTAS LEGCMINOSAS. Estas são menos
empregadas do que os cereaes para alimento dos animaes
domésticos; mas também a sua cultura é menos extensa,
Não obstante serem mais nutritivas do que os cereaes,
não são tão próprias como elles para alimentar os herbivoros,
por isso que são muito flatulentas e indigestas: por
estas qualidades exigem mais cuidados na sua administração,
devendo dar-se em menor quantidade e sempre trituradas,
e demolhadas ou cozidas; devem também ser
escolhidas da melhor qualidade, por isso que sâo susceptíveis
das mesmas alterações que os cereaes.
FAVAS. Em Portugal é pouco usada a ração de fava;
todavia n'algumas localidades se administra aos animaes,
demolhada ou ligeiramente cozida: é ainda mais nutritiva