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ARTIGO V
Parto das secundinas
A expulsão das secundinas ou pareas, isto é, da placenta
e dos invólucros do feto, pôde fazer-se espontaneamente
pelos simples esforços da fêmea — expulsão natural
das secundinas; ou exigir o auxilio do parlciro, e
então chama-se artificial.
EXPULSÃO NATURAL DAS SECUNDINAS. Esta é u mais
freqüente nas fêmeas multiparas: cada expulsão de secundinas
se suecede ao parto do feto que lhe pertence; e
assim devia acontecer, por isso que as contracçôes do
utero, que expulsam o segundo, terceiro ou quarto feio,
contidos n'um corno do utero, expulsam necessariamente
adiante de cada um d'elles as secundinas do feto, que ja
havia saído do utero. Portanto a demora na expulsão das
secundinas depende, na maior parte dos casos, da difliculdade
dos partos suecessivos ao do primeiro feto; e
somente as secundinas do ultimo feto se demoram no
utero.
Na porca a disposição das franjas filamentosas, que vão
do chorion implantar-se no utero, é a mesma que na
cadella, por fôrma que o invólucro d'um feto se une com
o do que se lhe segue, e assim a respeito de todos os
mais fetos; porém separa-se a placenta com tanta facilidade,
como na cadella.
Nas grandes fêmeas uniparaís, a placenta esta muito
adherente ao utero; mas estas adherencias se rompem
facilmente depois da saída do feto, e é muito raro que
a expulsão das secundinas se não faça naturalmente na
jumenta e na égua.
Nos ruminantes (vacca, ovelha e cabra) a união das
placentas com o utero por meio dos cotyledones tem adherencias
sólidas e resistentes; por isso é entre estas fêmeas,