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os íntervallos livres dos ataques, è maior o eslrago que
elles deixam; a palpebra superior fica como retalhada no
angulo nasal, as poucas pestanas que restam rí'esta parte
são ásperas e erriçadas, a conjunctiva conserva-se um pouco 1
irijèctada com os vasos varicosóá, á püpilla também se
conserva dilatada, e o crystallino perue pouco a pouco a
sua' transparência, até sòbrevir a cataracta.
Quando esta moléstia se apresenta bem caracterisada,
e sobre tudo qüàndó é' antiga, não se pôde confundir com
alguma outra affecçãó dos olhos'; os sígriaes que manifesta
em cada um dos períodos do ataque, e os vestígios, que
deixa durante a remissão, tornam fácil o conhecimento
d'esta infermidade; mas não acontece o mesmo, quando
faltam estes signaes, e quando a alteração dos humores
do olho se torna imperceptível; então pôde a distincção,
entre esta e uma ophthalmia simples, tornar-se diílicil e
dar-se o estado de duvida, não se podendo chegar ao
estado de certeza.
EXAME DO PERITO. Quando a fluxão periódica é bem
caracterisada, basta a observação de um só ataque para
que o Veterinário possa emittir o seu juizo; mas, se a
moléstia • for obscura, é necessário observar pelo menos
douá ataques.
O perito pode ser chamado durante o ataque ou fora
d'elle; no primeiro caso pôde conhecer a moléstia pelos
symptomas de qualquer dos períodos do ataque; no segundo
pelos vestígios que a moléstia deixa, attendendo
principalmente á opacidade do crystallino, á deformação
da palpebra, e á sua depillação. Porém se a moléstia for
obscura, e nem duçante um ataque, nem na remissão,
apresentar signaes bastantes para se conhecer, deve o
perito declarar que lhe é necessário observar dous ou
mais ataques, para poder decidir o presente caso; e, depois
de os ter visto, dará o seu voto, declarando que a
moléstia é ophthalmia periódica, quando tiver feito um
diagnostico positivo: se o não poder conseguir, deve de-