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clarar francamerite o seu estado dé duvida, e á força das
probabilidades em favor d'esta ou d'outfa moléstia:
CASOS DIFFICEIS. Pôde haver no olho uma cataracta
iàcompletá, nubeculas na cornea, etc; estas lesões devem
ser reputadas como uma forte présutapção da existência
da ophthalmia periódica, mas dão são prova; por isso que
podem ser effeito d'outras moléstias, ô' anirilal pôde ter
um olho deteriorado, dèfbfme ou cota cataracta, e pade-'
cer a fluxão periódica, e n'este caso'o perito deve seriipre
declarar esta circumstancia: se avista estiver perdida
em ambos os olhos, a declaração do perito, affirmando
que o animal padece fluxão periódica, mas que a vista já
estava perdida em ambos os olhos; não deve ser motivo
para se tentar a acção de redhibição, por" isso qüe eáta
moléstia não causou a perda da vista.
Se a intermittencia dá moléstia for muito demorada, Ò
que deverá fazer o perito, depois de esperar certo tempo ?
quantos dias devera deixar decorrer, antes de dar a sua
declaração á auctoridade, julgando terminada a sua missão?
Citam-se casos de voltarem os ataques d'esta moléstia
só depois de passados seis mezés, e até um anno; mas
isto é uma excepção, e o mais ordinário é repetirem uma,
ou mais vezes, por mez; porisso o legislador, attendendo
ás despesas que o animal faz, deve desprezar as exce- :
pções, escolhendo um termo razoável: todavia, em quanto*
este não for determinado por lei, o Veterinário poderá
tomar o prudente arbítrio de esperar até dous mezes, por
isso que estes factos são raros, e se reduzem aos casos,
que não deixam signaes evidentes da moléstia; este praso'
offerece maior probabilidade de se conhecer, e não pôde
prolongar-se, sem comprometter os interesses do vendedor
(1).
(1) O artigo 3.° da lei franceza de 20 der maio de 1838 marca 30
dias para esta moléstia e para a epilepsia, e 9 dias para todas as
outras.