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deverá ser tal, que por elle se conheça p. vicio-que o animal
padece; o que se consegue facilmente, por jsso que
a deterioração é nos dentes dianteiros, e não compçejiande
os mollares.
EXISTÊNCIA DO TIC. Se não ha deterioração nos dentes,
o perito deve collocar o animal em todas as circumstancias
que possam provocar o tic, observando o animal
antes, depois e no acto de comer, no repouso e
durante o trabalho, em pello e arreado, só ou juneto com
outros animaes; tendo sempre o cuidado de exigir do comprador
os possíveis esclarecimentos acerca das condições
que favorecem o apparecimento do tic. Se o perito não
pôde obter exacto conhecünento do estado do animal,
suspende a sua declaração, e continua a observal-o por
alguns dias. A legislação franceza marca nove dias, mas
antes de concluídos estes, poderá obter os esclarecimentos
necessários para dar a sua declaração.
MEIOS FRAUDULENTOS. O vendedor pôde cauterizar levemente
alguns pontos da lingua, e a experiência tem
mostrado que o tic se não manifesta por alguns dias.,O
perito, que deve julgar suspeitas todas as lesões que encontrar
em casos taes, suspenderá o seu juízo, tractando
convenientemente os ferimentos que observar, e esperando
a manifestação do referido vicio.
O vendedor, não entregando logo o animal ao comprador,
pôde limar os dentes do animal que tem o tic,
com as vistas de que não possa ter logar a acção de redhibição.
IN'este caso o perito só pôde declarar que a deterioração
dos dentes é artificial, e se o comprador no
acto em que se effectuou o contracto, examinou que os
dentes não estavam gastos, é a elle que pertence dar as
provas d'este facto.
CASO DE MORTS DO, ANIMAL. Ainda que o tic depende
na maior parte dos casos de alterações dos órgãos digestivos,
estas se encontram noutras moléstia», e não ha
uma lesão especial que possa attestar a existência do tic.