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das extremidades onde se deita a bebida, e um buraco no
meio por onde cáe na bôcca. A cabeça do animal esteja
um pouco levantada, para que o liquido corra por seu
próprio peso para a garganta, e force o animal a engulil-o;
se a cabeça estiver muito levantada, o liquido pôde precipitar-se
para a larynge, e dar logar á suftocação.
O Veterinário, depois de ter a cabeça do cavallo segura
por meio de prisões ao tecto da estrebaria, ou com o auxilio
de um ou mais ajudantes, administra a bebida por
meio do corno ou da garrafa; mas, quando usar d'esta,
convém involver o collo em estopa ou panno, paro que,
no caso que o animal a quebre com os dentes, não fiquem
os vidros na bôcca. Se o cavallo for desinquietoe teimoso,
deve usar da seringa ou do freio com a modificação de
Rigot, tendo uma torneira no funil para deitar o liquido
na, bôcca do animal pouco e pouco, e conforme a vontade
do Veterinário.
ADMINISTRAÇÃO DAS BEBIDAS NOS ANIMAES BOVINOS. Applicam-se OS medicamentos
líquidos como no cavallo' por meio do corno,
da garrafa, ou da seringa, seguindo um processo especial,
conform» se desejar que as bebidas vão ao rumen (pança),
ao folheto ou á coalheira. No caso que o Veterinário queira
dirigir as bebidas para a pança, é necessário que um ajudante
segure a cabeça do animal, elevando-a, e puxando
o focinho para diante, por fôrma que o esophago se extenda
quanto; for possível, d'onde resulta dilatar-se o infundibulo,
que termina o esophago no rumen, e approximarem-se
os lábios da gotteira esophagiana; então o Veterinário
deita a bebida em grande quantidade, para que
o animai beba a grandes tragos, a fim de que o liquido,
por seu próprio peso, caia na pança e não corra pela gotteira.
Tendo-se em vista que a bebida vá humedecer os alimentos
contidos no' folheto e na coalheira, é necessário
que o ajudante levante um pouco a cabeça do animal para
cima, e que o Veterinário deite a bebida na bôcca em pe-