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30» dificador, que produz o sensação do calor, que dilata todos os corpos, afastando as suas moléculas umas das outras, e que pelo seu augmento faz passar os corpos sólidos para líquidos, e deste estado para o de vapor. A temperatura dom corpo representa somente a quantidade de calorico livre que elle contém, e por meio do thennomelro é que se mede o calorico; propaga-se pela irradiação d'uns pura outros corpos; por isso tendem estes a equilibrar-se com a temperatura da atmosphera que os circumda: todavia não acontece assim nos corpos animaes, que conservam uma temperatura, até cerlo ponto independente do meio em que vivem; se estes emittem calorico, ou o recebem dos outros corpos, a faculdade que têm em produzil-o, e os meios que possuem para resistir á sua absorpção, lhes concedem uma temperatura independente do meio em que vivem. A faculdade de produzir calor animal, a qual resulta de todos os processos orgânicos, augmenta nos paizes frios, e diminue nos quentes, conforme as necessidades do animal, e o mesmo se pôde dizer a respeito da resistência á absorpção do calorico; é principalmente a transpiração cutânea e pulmonar, que augmenta ou diminue, conforme a atmosphera for sêcca ou humida, e sua temperatura elevada ou baixa; por isso se tprna para o animal um poder refrigerante. Em virtude d'estes factos os animaes podem viver em meios muito diflerentes, sem que a sua elevada ou abaixa temperatura os possa prejudicar muito. O calorico é de todos os imponderáveis o modhfcador mais indispensável ao exercício regular das funcções: todavia, se a sua acção for augmentada, precipita este exercício, e consome as forcas; se for muito enérgica, chega a irritar os tecidos e a destruil-os, produzindo a sua carbonização: a grande diminuição do calorico enfraquece a actividade das funcções; e se for exaggerada, paralysa o seu exercício, e dá logar á gangrena, destruindo egual-
305 mente os tecidos; todavia- devo advertir que a diminuição momentânea do calorico ou a applicação de qualquer meio frigorífico pode promover uma reacçâo n'essa parte, e então obra como excitante. ' Deve haver muito cuidado em não expor os animaes a mudanças rápidas de temperatura: estas mudanças são a causa mais freqüente das moléstias, sobre tudo dos órgãos thoracicos. Durante os calores do estio, convém mudar os animaes para climas frescos, dar-lhes alimentos temperantes, verde, e agua em abundância. Durante o maior rigor do inverno, convém mudal-os para climas mais temperados, e dar-lhes alimentos roborantes e oleosos para lhes activar a respiração. ARTIGO IV Climas Os geographos, dividindo o nosso globo em cinco zonas paralisias, fazem somente tres climas — quente, correspondendo á zona equatorial; frio, ás zonas polares; e temperado, comprehendendo as zonas intermedias ás antecedentes. Estes climas não representam completamente os climas higiênicos; por isso n'aquelies se encontram regiões com safbeacia muito diversa no desinvolvimento orgânico dos animaes. Ainda que a temperatura vai constantemente diminuindo do equador para os pólos, todavia esta diminuição não é regular; e circumstancias topographicas inílnem na temperatura de cada extensão do terra, por fôrma que esta divisão do» climas era -quentes, temperado» e frios, até mesmo no què respeita á temperatura, não pôde ter uma influencia constante sobre os animaes. Em hygiene veterinária o clima pôde defimij-se —- uma éattensãa de terra, em que os animaes* domesjtieas* encon- YOL. II 20
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