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privar a pelle da epiderme, usa-se de um vesicatorio; e
depois do primeiro curativo é que se emprega o methodo
endermico, depositando pequena dose de medicamento
por cada vez. Também se podem fazer incisôes na pelle,
que peneirem pouco mais do que a epiderme, e applicar
os medicamentos n estas incisôes.
SUPERFÍCIE MecosA DIGESTIVA. A continuidade da mucosa
gástrica coro a do pancreas e do fígado; as suas
ligações nervosas com os pulmões, o coração, e o cérebro
por meio dos nervos pneumo-gastricos e trisplanchnicos;
as suas relações sympalhicas com a pelle, a mucosa dos
órgãos respiratórios, e a dos rins; emfim, a absorpção
muito acüva, que tem logar n'esta superfície; são circunstancias
muito attendiveis na administração dos medicamentos,
e que na maior parte dos casos tornam preferível
esta superfície a qualquer outra. Antes de falar da
administração dos medicamentos, será útil dar algumas
noções sobre a organização do apparelho digestivo, nas
diversas espécies de animaes domésticos, tanto no estado
de saúde como no pathologico.
ANIMAES CAVALLARES. O estômago do cavallo é pequeno,
e sua parte esquerda coberta de epithelio grosso, que
embaraça muito a acção dos medicamentos; a parte direita
ou pilorica é rubra, coberta de epithelio delicado,
e tem textura glanduliforme: é n'esta parte que se passam
os phenomenos mais activos da digestão estomachal.
As bebidas demoram-se pouco tempo no estômago,
passam logo aos intestinos. A superfície mucosa do estômago
supporta grandes doses de medicamentos excitantes
sem se irritar, nem interromper suas funcções: esta circumstancia
deve tornar o Veterinário circumspecto na applicação
dos medicamentos irritantes muito enérgico», por
isso que o estômago do cavallo não rejeita pelo vomito as
substancias que o irritam, como acontece no porco, no
cão e no gato.
Os intestinos delgado», tendo o comprimento de vinte