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Pobreza e Bem-Estar em Moçambique - International Food Policy ...

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<strong>Pobreza</strong> e <strong>B<strong>em</strong></strong>-<strong>Estar</strong> <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>, 1996-97<br />

combinados. De um modo geral, a mandioca é claramente a cultura mais importante no grupo<br />

de raízes e tubérculos, com uma componente média do orçamento de 8 por cento a nível nacional<br />

e quase 10 por cento nas zonas rurais. Nas zonas rurais, a componente do orçamento de mandioca<br />

é quase igual entre os três grupos de pobreza.<br />

A nível nacional, a componente média do orçamento para feijão (principalmente feijão<br />

nh<strong>em</strong>ba e feijão manteiga) é cerca de 5 por cento, enquanto que as castanhas totalizam<br />

aproximadamente 2 por cento da despesa total (veja a Tabela 2.28). Estas componentes do<br />

orçamento são um pouco mais altos para os pobres do que os não pobres <strong>em</strong> ambas as zonas rural<br />

e urbana, com as componentes do orçamento maiores nas zonas rurais do que nas zonas urbanas.<br />

Em média, os peixes e mariscos (incluindo camarão, caranguejo, lulas, etc.) totalizam 7<br />

por cento da despesa total, que é maior do que a componente do orçamento para carne, que é de<br />

4,4 por cento. Nas zonas rurais não há diferença significativa entre os ultra-pobres, pobres e não<br />

pobres nas componentes do orçamento para peixe e mariscos; mais uma vez parece que o local<br />

de residência é um determinante mais importante da componente do orçamento deste b<strong>em</strong> do que<br />

é consumo total, pelo menos nas zonas rurais. Nas zonas urbanas, a componente do orçamento<br />

alocada para peixes e mariscos é um pouco mais alta para os pobres do que para os não pobres.<br />

Em contraste, as componentes do orçamento para carnes e seus derivados mostram o<br />

padrão esperado para o que é, no contexto moçambicano, um b<strong>em</strong> de luxo para a maioria das<br />

pessoas: as componentes do orçamento de carne para os não pobres são significativamente<br />

maiores do que para os pobres e ultra-pobres, particularmente nas zonas urbanas. Mais<br />

interessante, a carne t<strong>em</strong> uma componente do orçamento maior nas zonas rurais.<br />

O consumo de leite e seus derivados (iorgute, queijo, etc.) e ovos é muito baixo,<br />

excedendo 1 por cento da despesa total somente entre os não pobres urbanos. Contudo, mesmo<br />

com estes níveis baixos, exist<strong>em</strong> diferenças estatisticamente significativas entre o consumo de<br />

leite e derivados e ovos, dos pobres e não pobres, com os pobres tendendo a alocar uma<br />

componente média do orçamento maior para esses alimentos. O óleo de cozinha é um outro b<strong>em</strong><br />

com uma componente do orçamento baixa para todos os grupos, mas uma componente de<br />

despesa maior para os não pobres, que é o que se poderia esperar.<br />

Em média, os vegetais totalizam aproximadamente um décimo do consumo total. As<br />

componentes do orçamento para vegetais são maiores nas zonas rurais do que nas urbanas, e um<br />

pouco maior entre os pobres do que os não pobres. Nas zonas rurais, as despesas <strong>em</strong> vegetais são<br />

divididas quase igualmente entre as folhas verdes e outros tipos de vegetais; nas zonas urbanas<br />

a despesa <strong>em</strong> folhas verdes é menor que a despesa <strong>em</strong> outros vegetais, independent<strong>em</strong>ente da<br />

situações da pobreza.<br />

A nível nacional, a fruta é responsável por cerca de 22,5 por cento do consumo total, com<br />

as componentes do orçamento significativamente mais altas do que nas zonas rurais. Embora<br />

exista uma diferença clara entre os agregados familiares rurais e urbanos na proporção do<br />

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