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Pobreza e Bem-Estar em Moçambique - International Food Policy ...

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<strong>Pobreza</strong> e <strong>B<strong>em</strong></strong>-<strong>Estar</strong> <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>, 1996-97<br />

média, os ultra-pobres urbanos têm um deficit um pouco maior entre os seus níveis de consumo<br />

e a linha de ultra-pobreza, e maior desigualdade entre os ultra-pobres.<br />

Alternativamente, usando a linha de pobreza alimentar, estima-se que 53,4 por cento da<br />

população nacional tenha níveis de consumo per capita abaixo dessa linha (Tabela 2.2). O perfil<br />

rural/urbano e o regional deste subconjunto dos pobres é bastante s<strong>em</strong>elhante ao dos pobres e dos<br />

ultra-pobres identificados usando a linha de 60 por cento. Dada esta similaridade, e na esperança<br />

de distinguir mais acentuadamente os extr<strong>em</strong>amente pobres dos pobres, para o restante deste<br />

capítulo, a linha de ultra-pobreza é definida como 60 por cento da linha de pobreza de referência.<br />

Voltando à Tabela 2.3 observam-se disparidades significativas no consumo médio e nas<br />

medidas de pobreza quando os dados são desagregados para o nível provincial. A incidência da<br />

pobreza vai da taxa mais baixa de 47,8 por cento na Cidade de Maputo para uma taxa mais alta<br />

de 87,9 por cento na província de Sofala. Outras províncias com incidência de pobreza<br />

particularmente alta são as de Inhambane (82,6 por cento) e Tete (82,3 por cento), todas bastante<br />

acima da província seguinte mais pobre (Niassa, 70,6). A variação dentro das regiões é<br />

particularmente acentuada (por ex<strong>em</strong>plo, contrastar Cabo Delgado e Niassa no norte, Manica e<br />

Sofala no centro e Maputo e Inhambane no sul). A classificação ordinal das províncias muda<br />

muito pouco entre as três medidas de pobreza e dada a magnitude dos erros padrão, a maioria das<br />

mudanças não é estatisticamente significativa. A constatação mais interessante destas linhas é<br />

a comparação entre as províncias vizinhas de Maputo e Gaza. As duas províncias têm índices de<br />

incidência s<strong>em</strong>elhantes, mas as medidas de pobreza diferencial e o quadrado de pobreza<br />

diferencial da província de Maputo são consideravelmente maiores do que as de Gaza, indicando<br />

mais desigualdades e, <strong>em</strong> média, rendimentos mais baixos entre os pobres na província de<br />

Maputo. Considerando a ultra-pobreza (definida como 60 por cento da linha de pobreza de<br />

referência), a Tabela 2.4 mostra que a distribuição de ultra-pobreza por província é s<strong>em</strong>elhante<br />

à distribuição da pobreza por província conforme mostrado na Tabela 2.3. De interesse particular<br />

é a incidência de ultra-pobreza extr<strong>em</strong>amente alta na província de Sofala (65.2).<br />

2.4 Comparação com outras estimativas da pobreza <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong><br />

Comparando as estimativas de pobreza de 1996-97 do MIAF com as estimativas<br />

anteriores, esta secção tenta responder se a pobreza t<strong>em</strong> aumentado ou diminuído ao longo dos<br />

anos recentes. Este tipo de comparação é particularmente difícil no caso de <strong>Moçambique</strong> pela<br />

simples razão de que exist<strong>em</strong> muito poucos dados adequados anteriores ao MIAF 1996-97. Nos<br />

poucos casos onde exist<strong>em</strong> dados, as comparações são complicadas pelas diferenças de<br />

metodologia. É <strong>em</strong> geral impossível fazer ajustes para algumas dessas diferenças, como a<br />

diferença no desenho da amostra, conteúdo do questionário e protocolos do inquérito. Porém, é<br />

possível fazer ajustes para algumas diferenças na metodologia de estimativa, como as definições<br />

das linhas de pobreza e do consumo.<br />

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