Pobreza e Bem-Estar em Moçambique - International Food Policy ...

Pobreza e Bem-estar em Moçambique: 1996-97
Estes resultados são apresentados nas Simulações 19a, 20a, e 21a na Tabela 3.8, e são
mais consistentes com a intuição do que os resultados das Simulações 19 - 21 que ignoram as
economias do tamanho do agregado familiar. Nas Simulações 19 - 21, um membro adicional do
agregado familiar reduzia o consumo per capita e aumentava a pobreza em quase todos os casos,
mesmo se a pessoa adicional estivesse na idade do trabalho (e, assim, a adição desse membro
reduzia a razão de dependência). Quando as economias do tamanho do agregado familiar eram
tomadas em consideração, o impacto no bem-estar de um membro adicional no agregado familiar
é ainda negativo se o membro adicional é uma criança (isto é, a razão de dependência aumenta),
tal como na Simulação 19a, embora este impacto adverso seja menor do que o verificado quando
as economias do tamanho não são tidas em consideração. Porém, quando o membro adicional
é um adulto (Simulação 20a e Simulação 21a), há um pequeno aumento no consumo por
“equivalente adulto,” e não há praticamente nenhuma mudança no índice da incidência de
pobreza, um resultado bastante diferente dos verificados nas Simulações 20 e 21. Note-se que
a profundidade e a severidade de pobreza tendem ainda a aumentar nas simulações 20a e 21a,
indicando que a maioria dos benefícios desta simulação vai para os agregados familiares que
estão acima ou ligeiramente abaixo da linha de pobreza, e que o consumo por equivalente adulto
baixa na realidade para os agregados familiares mais pobres.
Desenvolvimento infra-estrutural
As últimas simulações exploram as contribuições potenciais para a redução da pobreza
por parte do desenvolvimento infra-estrutural e do acesso físico aos serviços de saúde. Fez-se isto
servindo-se de duas variáveis do índices de infra-estrutura — uma para a infra-estrutura
económica geral e outra para a infra-estrutura dos serviços de saúde — descritas na secção 3.3.2.
A simulação é limitada às zonas rurais, uma vez que estas variáveis (baseadas no questionário
à comunidade rural) não fazem parte do conjunto de dados urbanos. Em qualquer das duas
simulações, aumentou-se o valor da variável relevante para a infra-estrutura para um (1) para
todos os agregados familiares que têm um valor de menos de um para essa variável. Como estas
variáveis incluem diversas medidas de infra-estruturas, e como a presente infra-estrutura é tão
sub-desenvolvida, estas simulações afectam quase toda a população rural, embora a níveis
variados, uma vez que os valores iniciais dos índices adquirem uma gama de valores entre o zero
e o um, inclusiva.
Na Simulação 22, a variável da infra-estrutura económica é disposta ao valor um para
todos os agregados familiares rurais. Isto equivale a especificar que o agregado familiar tem cada
um dos seguintes ingredientes existentes na sua aldeia: um banco, um mercado, uma estrada
porque este valor elimina o efeito de qualquer relação entre o tamanho do agregado familiar e a pobreza, o que
nos permite focar os aspectos da composição do agregado familiar.
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