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Pobreza e Bem-Estar em Moçambique - International Food Policy ...

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<strong>Pobreza</strong> e <strong>B<strong>em</strong></strong>-estar <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>: 1996-97<br />

Embora o ensino primário (nível de EP2) tanto do hom<strong>em</strong> adulto como da mulher adulta<br />

tenham os esperados sinais positivos, nenhuma dessas variáveis é estatisticamente significativa<br />

ao nível de 10 por cento. Porém, a variável para o nível máximo de educação de qualquer adulto<br />

m<strong>em</strong>bro do agregado familiar é positivo e significativo nas três regiões. Isto indica que educação<br />

adicional para pelo menos um dos m<strong>em</strong>bros do agregado familiar t<strong>em</strong> um efeito positivo para o<br />

consumo per capita, independent<strong>em</strong>ente do efeito do número de m<strong>em</strong>bros do agregado familiar<br />

alfabetizados e educados ao nível de EP2. O efeito positivo e significativo do nível máximo de<br />

educação também envolve o efeito do ensino primário (EP2). Para confirmar isto, voltou-se a<br />

estimar o modelo, excluindo a variável do nível máximo de educação. Ao fazer isso, o<br />

coeficiente tanto do hom<strong>em</strong> como da mulher com o ensino primário (EP2) tornou-se significativa<br />

ao nível de 5 por cento ou superior. 22<br />

Emprego e Fontes de Rendimento<br />

As três variáveis para o número de adultos <strong>em</strong>pregados <strong>em</strong> diferentes sectores da<br />

economia mostram o padrão esperado. A maioria dessas variáveis são estatisticamente<br />

significativas, e todas são positivas, indicando que, sendo as outras variáveis iguais, o <strong>em</strong>prego<br />

do adulto, seja de que natureza for, leva a um maior consumo per capita do que des<strong>em</strong>prego ou<br />

23<br />

do trabalho não r<strong>em</strong>unerado <strong>em</strong> casa. O ganho incr<strong>em</strong>ental no consumo per capita atinge o seu<br />

ponto mais baixo para os que trabalham na agricultura ou na pesca, e atinge o seu ponto mais alto<br />

para os que trabalham “noutros” sectores, os quais consist<strong>em</strong> <strong>em</strong> geral nos serviços. A magnitude<br />

de alguns coeficientes, principalmente para “outros” sectores, deverá ser tratada com certo<br />

cuidado, uma vez que apenas uma pequena proporção da força de trabalho rural trabalha fora da<br />

agricultura, o que implica que as estimativas para outros sectores estão baseadas <strong>em</strong><br />

relativamente poucas observações. O coeficiente para a diversificação das fontes de rendimento<br />

é positivo e estatisticamente significativo apenas na região sul.<br />

Agricultura e Pecuária<br />

Entre as variáveis relacionadas com a agricultura e com a pecuária, a área da posse da<br />

terra (<strong>em</strong> forma de logaritmo natural) só é estatisticamente significativa no norte. Mesmo nessa<br />

região, o efeito é pequeno, pois o aumento de um por cento de terra cultivável está associado ao<br />

22 O parâmetro estimado para ensino primário (EP2) de homens é 0,10, com uma estatística de t de 3,5,<br />

e o parâmetro estimado para ensino primário (EP2) de mulheres é 0,15, com uma estatística de t de 2,1.<br />

23 Convém l<strong>em</strong>brar que, de acordo com o Capítulo 2, o protocolo do inquérito do MIAF tratou os<br />

trabalhadores não r<strong>em</strong>unerados de uma forma diferente, dependendo do tipo de trabalho que faziam. Se<br />

trabalhavam na agricultura, considerava-se que estavam <strong>em</strong>pregados no sector agrícola. Porém, se diziam que<br />

faziam trabalho caseiro para a sua própria família (incluindo acarretar água ou lenha, cozinhar, etc.), não eram<br />

considerados parte da força de trabalho, e, por conseguinte, não eram considerados <strong>em</strong>pregados <strong>em</strong> qualquer<br />

sector.<br />

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