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Pobreza e Bem-Estar em Moçambique - International Food Policy ...

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Poverty and Well-Being in Mozambique: 1996-97<br />

educação maternal, o que poderá afectar positivamente o comportamento com as facilidades<br />

de saúde das crianças, mais de uma de cada quatro crianças nas cidades t<strong>em</strong> baixo altura-<br />

para-idade (26 por cento). A baixa altura-para-idade t<strong>em</strong> um índice mais alto <strong>em</strong> cidades<br />

grandes como Matola, Beira e Nampula (31 por cento) do que na cidade de Maputo (20 por<br />

cento) ou noutras cidades mais pequenas (26 por cento).<br />

A prevalência da baixa peso-para-altura (também conhecido por desnutrição aguda) é<br />

mais baixa do que a baixa altura-para-idade, mas ainda se encontra a níveis preocupantes.<br />

Numa população b<strong>em</strong> nutrida, apenas 3 por cento da população deverá apresentar baixo peso-<br />

para-altura. Em contraste com a baixa altura-para-idade, o índice de baixo peso-para-altura é<br />

mais ou menos o mesmo nas zonas urbanas e nas zonas rurais. Sete por cento das crianças das<br />

zonas urbanas sofr<strong>em</strong> de baixo peso-para-altura, <strong>em</strong> comparação com 6 por cento das zonas<br />

rurais. A taxa de baixo peso-para-altura é mais alta do que numa população b<strong>em</strong> nutrida,<br />

mesmo <strong>em</strong> Maputo (4 por cento), e é o dobro noutras cidades, atingindo entre 8 e 9 por cento<br />

nessas zonas. Nas zonas rurais, o baixo peso-para-altura é mais prevalecente na região norte,<br />

com 8 por cento, do que na região central e na região sul (4 e 5 por cento, respectivamente).<br />

Uma alta prevalência de baixo peso-para-altura geralmente ocorre quando as crianças estão<br />

particularmente doentes, quando não com<strong>em</strong> o suficiente, ou sofr<strong>em</strong> de ambas coisas ao<br />

mesmo t<strong>em</strong>po, de maneira que não pod<strong>em</strong> absorver os nutrientes necessários, como acontece<br />

<strong>em</strong> situações de crise de fome. O elevado índice de crianças <strong>em</strong> estado de baixo peso-para-<br />

altura na região norte, portanto, parece ser uma aberração, tendo <strong>em</strong> conta os níveis<br />

relativamente baixos de insegurança alimentar, o que indica falta de comida ao dispor da<br />

criança ou índices elevados de doença na região, ou ambas as coisas ao mesmo t<strong>em</strong>po.<br />

A Figura 4.2 mostra como a média z-scores varia com a idade da criança. Os modelos<br />

apresentados aqui são típicos do crescimento das crianças na maioria dos países <strong>em</strong><br />

desenvolvimento, e na África <strong>em</strong> particular. No que diz respeito a baixa altura-para-idade, por<br />

ex<strong>em</strong>plo, as crianças africanas nasc<strong>em</strong> geralmente com uma altura comparável à altura<br />

mediana dos padrões de referência, o que lhes dá uma altura-para-idade z-score de zero,<br />

aproximadamente. Porém, o seu crescimento <strong>em</strong> altura começa a ser deficiente nos primeiros<br />

meses de vida e continua a deteriorar-se até que ating<strong>em</strong> a classificação mais baixa z-score de<br />

altura-para-idade <strong>em</strong> dado momento, durante o seu segundo ano de vida (Sommerfelt e<br />

Stewart, 1994). No caso de <strong>Moçambique</strong>, a média de z-score altura-para-idade diminui<br />

radicalmente durante o primeiro ano de vida, atinge a sua média mais baixa aproximadamente<br />

aos 16 meses e estabiliza depois por volta de -1,5 z-score (um segundo ponto baixo ocorre<br />

por volta dos 32 meses de idade). Como também é típico da maioria dos países africanos, não<br />

se observa um período <strong>em</strong> que as crianças recuperam o crescimento perdido e as crianças<br />

permanec<strong>em</strong> com baixa altura-para-idade durante a infância.<br />

O baixo peso-para-idade mostra um modelo diferente. A média z-score peso-para-<br />

altura permanece à volta do zero (equivalente à mediana na dos padrões de referência),<br />

excepto durante o segundo ano de vida, quando baixa para -0,5 z-scores, aproximadamente.<br />

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