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Pobreza e Bem-Estar em Moçambique - International Food Policy ...

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<strong>Pobreza</strong> e <strong>B<strong>em</strong></strong>-<strong>Estar</strong> <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>, 1996-97<br />

pobres ou não pobres para o raquitismo ou raquitismo severo. A prevalência do raquitismo ou<br />

raquitismo severo é consideravelmente maior nas zonas rurais do que nas zonas urbanas. Nas<br />

zonas rurais, as diferenças entre os ultra-pobres, pobres ou não pobres não são estatisticamente<br />

significativas. Nas áreas urbanas essas diferenças são significativas, com as crianças raquíticas<br />

encontrando-se desproporcionadamente <strong>em</strong> agregados familiares mais pobres. Deve-se notar que<br />

<strong>em</strong>bora esses dados subestimam a prevalência do raquitismo <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>, as taxa de<br />

raquitismo nas zonas rurais e a nível nacional são classificadas pelo OMS (1995) como “muito<br />

alta”.<br />

A OMS recomenda a desagregação dos dados do estado nutricional por faixas etária. Isto<br />

é particularmente importante no caso de HAZ baixo, porque o raquitismo é o processo<br />

cumulativo e as probabilidades de variar significativamente por idade, com a prevalência<br />

tipicamente elevada <strong>em</strong> faixas etárias mais altas.<br />

Devido ao tamanho da amostra limitado, não é viável desagregar os dados de raquitismo<br />

por sexo (além de desagregar por rural/urbano, classe de pobreza e idade da criança); por isso a<br />

Tabela 2.39 combina os resultados para meninos e meninas. A Tabela 2.39 confirma que<br />

raquitismo é mais baixo entre bebés do que entre os outros grupos, e também mostra que o<br />

raquitismo é um pouco mais pronunciado entre a faixa etária de 12 a 23.<br />

Um outro método de apresentação dos dados antropométricos recomendado pela OMS<br />

é uma comparação gráfica da distribuição de Z-scores na população da amostra com o da<br />

população de referência. Isto é mostrado na Figura 2.2; os Z-scores de altura-para-idade nos<br />

dados do MIAF estão representados pelas barras verticais (histograma), e a população de<br />

referência é representada pela curva normal padrão. O gráfico apresenta uma mensag<strong>em</strong><br />

importante sobre raquitismo <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>. Note-se que a distribuição inteira dos Z-scores é<br />

alterada para a esquerda. Desta evidência pode se argumentar que a desnutrição crónica não é<br />

limitada para um subconjunto relativamente pequeno da população, ou mesmo limitada a<br />

crianças <strong>em</strong> agregados familiares que ca<strong>em</strong> abaixo da linha de pobreza. Por outras palavras, estas<br />

crianças com Z-scores de altura-para-idade acima de -2.0, ou mesmo acima de 0, quase<br />

certamente não estão alcançando o seu pleno potencial de crescimento, mesmo que elas não<br />

sejam consideradas “raquíticas” usando o critério para avaliação de populações.<br />

A prevalência de desnutrição aguda, ou baixo peso-para-altura (WHZ) foi estimado a 6,4<br />

por cento nacionalmente, com uma estimativa de 1,8 por cento de crianças com menos de cinco<br />

anos sofrendo de desnutrição aguda severa (Tabela 2.38). O baixo peso-para-altura é um<br />

indicador de subnutrição aguda, e reflecte as deficiências actuais na ingestão de alimentos e<br />

utilização. A prevalência de baixo WHZ é um pouco maior nas zonas urbanas do que nas zonas<br />

rurais, e é particularmente alta entre os ultra-pobres urbanos. Embora os dados mostr<strong>em</strong> uma<br />

relação entre a desnutrição aguda e o estado de pobreza nas zonas urbanas, esta relação é fraca.<br />

Mais uma vez, não há relação entre o estado da pobreza e este indicador de estado nutricional nas<br />

zonas rurais.<br />

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