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Pobreza e Bem-Estar em Moçambique - International Food Policy ...

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<strong>Pobreza</strong> e <strong>B<strong>em</strong></strong>-<strong>Estar</strong> <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>, 1996-97<br />

urbanas. Nas zonas urbanas a relação mantém-se até a idade de 18 anos, enquanto nas zonas<br />

urbanas a relação inverte-se para a faixa etária de 16 a 18 anos.<br />

O segundo e terceiro painéis da Tabela 2.42 apresentam informação sobre a historia<br />

reprodutiva para este mesmo grupo de mulheres de 12 a 49 anos. Esta Tabela mostra as taxas de<br />

alta fertilidade <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>, com 36 por cento de mulheres na faixa etária tendo quatro ou<br />

mais crianças vivas na ocasião do inquérito. Ao considerar este número, deve-se ter <strong>em</strong> mente<br />

que a grande maioria das mulheres neste subconjunto da amostra estão ainda nos anos de<br />

procriação, e terão mais filhos. A informação nesta tabela segue o mesmo padrão dos resultados<br />

apresentados na secção de composição do agregado familiar do perfil de pobreza: agregados<br />

familiares mais pobres são maiores, e <strong>em</strong> particular eles têm mais filhos do que os agregados<br />

familiares não pobres. Em ambas as zonas rural e urbana, são as mulheres não pobres nesta faixa<br />

etária qu<strong>em</strong> têm mais probabilidade de não ter nenhum filho ou somente um filho. Enquanto os<br />

pobres têm muito mais probabilidade de ter<strong>em</strong> quatro ou mais filhos.<br />

O painel inferior da Tabela 2.24 mostra o relacionamento entre a pobreza e a mortalidade<br />

infantil. O Interessante é que nas zonas rurais a proporção de mulheres cujos filhos não morreram<br />

é essencialmente a mesma, 51 a 52 por cento, independent<strong>em</strong>ente da situação da pobreza. Nas<br />

zonas urbanas, os não pobres têm menos probabilidade de perder um filho do que os pobres ou<br />

ultra-pobres, e mesmo a percentag<strong>em</strong> de mulheres que têm evitado perder um filho é mais alta<br />

do que quaisquer dos grupos rurais. A relação entre a mortalidade infantil e a pobreza parece ser<br />

mais forte na linha final da tabela, que mostra que as mulheres <strong>em</strong> agregados familiares ultra-<br />

pobres e pobres têm significativamente mais probabilidade de perder três ou mais filhos do que<br />

mulheres <strong>em</strong> agregados familiares não pobres. Mais uma vez, as proporções para as mulheres<br />

urbanas são mais favoráveis do que as proporções para todas as mulheres rurais. Isto é, a<br />

proporção de mulheres rurais não pobres com três ou mais filhos que morreram é mais alta do<br />

que a proporção para mulheres urbanas ultra-pobres, sugerindo que o acesso ao cuidado de saúde<br />

e outras diferenças entre as condições de vida urbanas e rurais são determinantes mais<br />

importantes da mortalidade infantil do que o estado da pobreza. (Veja a Secção 2.5.11 para<br />

informações sobe o acesso a serviços de saúde e outros serviços.)<br />

A Tabela 2.43 apresenta informações sobre o número de filhos que as mulheres na faixa<br />

etária de 12 a 49 anos gostariam de ter na vida. Significativamente, três quartos de mulheres<br />

25<br />

rurais e metade de mulheres urbanas responderam “Como Deus quiser.” Entre a minoria de<br />

mulheres que expressaram um desejo de ter um número mais específico de filhos, v<strong>em</strong>os que as<br />

mulheres rurais quer<strong>em</strong> famílias maiores do que as mulheres urbanas. Na verdade, daquelas que<br />

expressaram uma preferência para o número de filhos, uma pluralidade de mulheres rurais<br />

25<br />

Esta constatação é consistente com o IDS (1998) que, entre as mulheres que estão “<strong>em</strong> união” somente<br />

5,6 por cento estão usando actualmente qualquer método de planeamento familiar (tradicional ou moderno), e<br />

somente 12,2 por cento já usaram algum método de planeamento familiar. Os dados correspondentes para homens<br />

“<strong>em</strong> união” são reportados ser 9,9 e 20,4 por cento, respectivamente.<br />

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