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Pobreza e Bem-Estar em Moçambique - International Food Policy ...

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<strong>Pobreza</strong> e <strong>B<strong>em</strong></strong>-<strong>Estar</strong> <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>: 1996-97<br />

de porção comestível. Porém, a maioria das quantidades de alimentos registadas nos dados do<br />

MIAF não estão no estado de parte comestível mas <strong>em</strong> vez disso na condição “conforme colhido”<br />

ou “conforme adquirido”, incluindo pele, cascas e outras partes não comestíveis do alimento.<br />

Assim, para cada it<strong>em</strong> de alimento foi necessário determinar a proporção comestível (por peso)<br />

e ajustar a informação do conteúdo da caloria <strong>em</strong> conformidade. Estimativas para porções não<br />

comestíveis foram disponíveis <strong>em</strong> muitas das tabelas de alimentos, <strong>em</strong>bora n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre era<br />

possível usar a mesma fonte para o conteúdo calórico e a estimativa da porção comestível.<br />

1.6.3.4 Cabazes alimentares de referência e preço médio por caloria<br />

Para calcular o preço médio por caloria para uma região é necessário utilizar um cabaz<br />

alimentar de referência. Este cabaz alimentar de referência pode ser fixo ou variável pelas<br />

regiões. Deve ser óbvio que somente a diferença substantiva entre as abordagens de cabaz fixo<br />

(CF) e de cabaz múltiplo (CM) é o diagrama de peso usado no cálculo de um preço médio por<br />

caloria. (Outras questões tais como a forma como os preços ou valores unitários regionais são<br />

calculados, <strong>em</strong>bora importantes, são fundamentalmente independentes, entretanto se alguém<br />

optar por lidar com eles, o mesmo procedimento deve ser aplicado dentro de ambas as<br />

abordagens CF e CM.) O CF usa um conjunto nacional fixo de pesos aproximando o padrão de<br />

consumo dos agregados familiares pobres na nação como um todo, enquanto CM usa pesos<br />

aproximando o padrão de consumo dos agregados familiares pobres na região. Qual é o melhor?<br />

Primeiro, pode-se encontrar ex<strong>em</strong>plos de ambos os métodos <strong>em</strong> trabalhos <strong>em</strong>píricos sobre<br />

a medição da pobreza. Um ex<strong>em</strong>plo de CF é Ravallion e Bidani (1994), um ex<strong>em</strong>plo do último<br />

é Lanjouw (1994). Em termos teóricos, a opção entre os dois métodos depende de quão<br />

assistencialista (welfarista) ou não-assistencialista (não-welfarista) o analista deseja ser na<br />

avaliação dos padrões de vida e da pobreza. De uma perspectiva assistencialista, existe pouca<br />

justificação para o uso de uma abordag<strong>em</strong> de CF, porque ignora tanto as diferenças genuínas nos<br />

gostos, assim como os efeitos de substituição na resposta as diferenças nos preços relativos. Na<br />

verdade, se alguma destas diferenças foi significativa, a imposição de um cabaz fixo pode<br />

distorcer as comparações regionais do b<strong>em</strong>-estar. Idealmente, pode se derivar os verdadeiros<br />

índices do custo de vida correspondentes a um nível de utilidade de referencia de um sist<strong>em</strong>a de<br />

d<strong>em</strong>anda estimado, <strong>em</strong>bora, mesmo se todas as outras questões probl<strong>em</strong>áticas pertencendo à<br />

estimativa dos modelos de d<strong>em</strong>andas possam ser resolvidas, não é claro como as diferenças nos<br />

gostos pod<strong>em</strong> ser incorporadas com credibilidade <strong>em</strong> tais modelos. Dadas estas dificuldades, uma<br />

abordag<strong>em</strong> prática para incorporar tanto as diferenças nos gostos como os efeitos de substituição<br />

na estimativa das linhas de pobreza alimentares é precisamente usar uma abordag<strong>em</strong> de CM<br />

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conforme sugerido acima. Esta é a abordag<strong>em</strong> que se segue abaixo ao deixar os cabazes<br />

15<br />

O uso do método CF também encontra a dificuldade prática de dados omissos sobre preços ou valores<br />

unitários se algum it<strong>em</strong> que aparec<strong>em</strong> no cabaz nacional não é consumido pelos pobres <strong>em</strong> uma região determinada<br />

e por isso, nenhum preço ou valor unitário é disponível para este it<strong>em</strong> nessa região.<br />

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