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Pobreza e Bem-Estar em Moçambique - International Food Policy ...

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<strong>Pobreza</strong> e <strong>B<strong>em</strong></strong>-estar <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>: 1996-97<br />

adicional ser-lhe-iam atribuídas as características médias das mulheres do agregado familiar.<br />

Propositadamente, estas três simulações afectaram todos os agregados familiares da amostra.<br />

Portanto, as entradas na Tabela 3.6 e na Tabela 3.7 são idênticas para estas três simulações.<br />

Na Tabela 3.6 verifica-se que, <strong>em</strong> geral, o aumento do tamanho do agregado familiar teve<br />

um impacto negativo no consumo per capita e contribuiu para o aumento da pobreza. Nas zonas<br />

rurais, a idade ou o género da pessoa adicional somente mudou a magnitude do impacto e não<br />

a sua orientação. Nas zonas urbanas, o impacto negativo de uma criança adicional foi s<strong>em</strong>elhante<br />

ao das zonas rurais, com o consumo médio per capita a baixar 15 por cento e a incidência de<br />

pobreza a aumentar cerca de 12 por cento tanto nas zonas rurais como nas zonas urbanas. Uma<br />

mulher adulta adicional teve um impacto menor do que uma criança, reduzindo o consumo médio<br />

per capita <strong>em</strong> 14 por cento e aumentando e a incidência de pobreza <strong>em</strong> 12 por cento nas zonas<br />

rurais. Nas zonas urbanas os números correspondentes são um decrescimento de 9 por cento no<br />

consumo médio per capita e um aumento de 9 por cento na incidência de pobreza.<br />

A única excepção a esta relação negativa <strong>em</strong> termos gerais é a adição de um hom<strong>em</strong> nos<br />

agregados familiares urbanos. Na Simulação 20, a adição de um hom<strong>em</strong> leva a um aumento<br />

estimado de cinco por cento no consumo médio per capita e à redução de um por cento na<br />

incidência de pobreza. Porém, esta nota positiva é neutralizada pela observação de que as<br />

medições da pobreza aumentam nesta simulação (veja-se a Tabela 3.6). Há duas inferências que<br />

se pod<strong>em</strong> fazer a partir dos resultados da Simulação 20 nas zonas urbanas. Primeiro, o grande<br />

aumento no consumo médio per capita relativo às mudanças nas medições da pobreza indica que<br />

a maioria dos benefícios se manifestam nos agregados familiares que não são pobres. Segundo,<br />

os aumentos no consumo médio per capita entre os pobres concentram-se nos agregados<br />

familiares que estão relativamente próximos da linha de pobreza. Nesta simulação, estes<br />

agregados familiares sa<strong>em</strong> da pobreza e o índice da incidência de pobreza é reduzido. Porém, os<br />

aumentos na profundidade de pobreza (o índice de pobreza diferencial) e na severidade de<br />

pobreza (o índice do quadrado de pobreza diferencial), o consumo médio per capita diminui na<br />

realidade nos agregados familiares mais pobres.<br />

L<strong>em</strong>brando a discussão do capítulo 2 a respeito da pobreza e do tamanho do agregado<br />

familiar, fez-se simulações s<strong>em</strong>elhantes às Simulações 19 - 21, mas incorporou-se a noção das<br />

economias do tamanho do agregado familiar. Na prática, voltou-se a estimar o modelo, mudando<br />

a variável dependente do consumo per capita (que pressupõe nenhuma economias do tamanho<br />

do agregado familiar) para o consumo “por adulto equivalente”, utilizando a elasticidade do<br />

tamanho do agregado familiar, <strong>em</strong> que o tamanho do agregado familiar é mais ou menos<br />

ortogonal para a pobreza (2=0.4). 32<br />

32<br />

Note-se também que, de acordo com a discussão do Capítulo 2, as economias do tamanho do<br />

agregado familiar <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong> não são certamente tão grandes como as implicadas pela 2=0.4. Porém,<br />

utilizou-se este valor porque a “verdadeira” elasticidade do tamanho do agregado familiar é desconhecido, e<br />

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