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Pobreza e Bem-Estar em Moçambique - International Food Policy ...

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6.2. Objectivos<br />

<strong>Pobreza</strong> e <strong>B<strong>em</strong></strong>-estar <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>: 1996-97<br />

Diversos estudos já realizados no país forneceram informação sobre características<br />

d<strong>em</strong>ográficas da população, padrões de consumo, acesso aos serviços sociais, segurança<br />

alimentar, vulnerabilidade, estratégias de sobrevivência <strong>em</strong> momentos de crise, etc (MSF-CIS<br />

(1996), MISAU/MPF (1997), van Vugt (1992), Dava (1995), Mausse(1997)). Contudo, ainda<br />

escasseia informação detalhada sobre o funcionamento e evolução dos mecanismos informais<br />

e tradicionais de assistência social e ajuda mútua. Portanto, o objectivo deste estudo é procurar<br />

informação mais detalhada para responder a aspectos específicos relacionados com as redes<br />

sociais comunitárias e a evolução das práticas tradicionais de assistência mútua <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong><br />

para responder às seguintes questões:<br />

(i). Que estratégias e organizações exist<strong>em</strong> dentro das comunidades para lidar com as pessoas<br />

mais vulneráveis ou m<strong>em</strong>bros severamente desnutridos da sociedade?<br />

(ii). Até que ponto os mecanismos tradicionais de assistência ainda funcionam e como se<br />

desenvolveram desde a independência?<br />

(iii). Qual a extensão das redes sociais, tanto dentro como fora dos laços da família alargada?<br />

Até que ponto os mais vulneráveis depend<strong>em</strong> destas ligações para lidar com os maiores<br />

eventos transitórios ou debilitantes da vida?<br />

6.3. Metodologia<br />

O estudo foi conduzido através da combinação de entrevistas <strong>em</strong> grupo com os líderes<br />

comunitários e entrevistas s<strong>em</strong>i-estruturadas a indivíduos dos grupos alvos seleccionados. Os<br />

dados foram recolhidos a partir dos finais de Junho até Agosto de 1997 por estudantes da<br />

Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal, fluentes <strong>em</strong> Changana ou Emákua, sob a<br />

supervisão do pessoal do Departamento de População e Desenvolvimento Social (Ministério do<br />

Plano e Finanças), UEM e Ministério da Acção Social. Adicionalmente, foram consultadas<br />

fontes secundárias de informação.<br />

Com vista a cobrir os vários objectivos e dadas as limitantes de t<strong>em</strong>po e financeiras, a<br />

amostra para esta avaliação qualitativa (estudo de caso) das redes informais de protecção social<br />

foi seleccionado com o propósito de:<br />

(a). Refletir as principais diferenças culturais e sócio-antropológicas existentes no pais,<br />

(b). Comparar as diferenças nas redes sociais e estratégias de sobrevivência entre as áreas<br />

pobres e não-pobres do pais,<br />

(c). Contrastar as experiências urbanas e rurais<br />

(d). Dar uma visão dos mecanismos de sobrevivência dos três grupos de população<br />

considerados vulneráveis: mulheres com crianças, deficientes e idosos.<br />

A amostra total (não estatisticamente representativa) consistiu de 412 agregados<br />

familiares, tendo as seguintes características:<br />

Tabela 6.1: Características de 412 Agregados Familiares da Amostra<br />

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