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Pobreza e Bem-Estar em Moçambique - International Food Policy ...

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<strong>Pobreza</strong> e <strong>B<strong>em</strong></strong>-<strong>Estar</strong> <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>, 1996-97<br />

7<br />

auxílio tinha diminuído consideravelmente <strong>em</strong> 1996-97. Alcançar os mesmos ou maiores níveis<br />

de consumo com auxílio alimentar reduzido <strong>em</strong> 1996-97 é um ganho <strong>em</strong> termos de incr<strong>em</strong>ento<br />

de auto-suficiência que não é reflectida na estimativa de pobreza por sí só. Da mesma forma, é<br />

possível que durante o período entre os inquéritos, aqueles que imigraram para Maputo e Matola<br />

eram desproporcionalmente pobres. Se isto for verdade, então a redução da pobreza real durante<br />

este período foi maior do que aquela indicada nas estimativas de pobreza. Infelizmente, os dados<br />

do MIAF não pod<strong>em</strong> fornecer estimativas fiáveis dos dados de pobreza daqueles que imigraram<br />

para Maputo e Matola entre 1991-92 e 1996-97.<br />

8<br />

O inquérito às capitais provinciais realizado pela DNE <strong>em</strong> 1992-93 fornece uma outra<br />

fonte de comparações históricas da pobreza urbana <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>. Os dados da DNE foram<br />

subsequent<strong>em</strong>ente usados para calcular estimativas da pobreza urbana <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong> (Desai<br />

1997). Esta análise é baseada na mesma metodologia CBN <strong>em</strong>pregue nesta avaliação de pobreza,<br />

e um limite de necessidades calóricas s<strong>em</strong>elhante. Contudo, exist<strong>em</strong> também algumas diferenças<br />

substanciais na metodologia, particularmente os métodos usados para construir os índices de<br />

preços espaciais. Assim, as comparações dos resultados usando-se dados do MIAF com a análise<br />

dos dados do inquérito às capitais provinciais deverão também ser tratados com certa precaução.<br />

Para as capitais provinciais como um grupo, a incidência da pobreza foi estimada <strong>em</strong> 72,6<br />

e a medida da pobreza diferencial <strong>em</strong> 34,3 usando os dados de DNE de 1992-93. Nos dados do<br />

MIAF para 1996-97, as medidas de pobreza correspondentes para as capitais provinciais são 65,2<br />

e 30,6 respectivamente. Isto sugere uma redução da pobreza nas capitais provinciais durante os<br />

quatro anos, <strong>em</strong>bora conforme notado acima, deve-se ter cuidado ao comparar estas estimativas.<br />

Assim, da evidência limitada disponível, parecer que provavelmente houve uma redução<br />

modesta na pobreza urbana <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong> entre 1991-92 e 1996-97. 9<br />

2.5 Perfil da pobreza<br />

Um perfil de pobreza caracteriza a natureza da pobreza num país ou região. Avalia a<br />

magnitude da pobreza e sua distribuição pelos grupos sócio-económicos, fornece uma informação<br />

sobre as características dos pobres, ilustra a heterogeneidade entre os pobres, e ajuda a identificar<br />

os correlatos <strong>em</strong>píricos da pobreza.<br />

7 Por ex<strong>em</strong>plo, no estudo de 1991-92, 44 por cento do consumo calórico entre a despesa mais baixa é das<br />

fontes de milho amarelo (auxílio alimentar). Esta proporção declina para 28 por cento no segundo quintil e 23 por<br />

cento no terceiro quintil, mostrando o relacionamento claro entre a pobreza e a proporção de calorias das fontes de<br />

auxílio de alimentos.<br />

8 DNE refere-se à Direcção Nacional de Estatística, mais tarde designado como Instituto Nacional de<br />

Estatística (INE).<br />

9 Os leitores pod<strong>em</strong> notar que nenhuma referência foi feita ao estudo de pobreza por Green (1991) que é<br />

<strong>em</strong> geral citado <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>. Isto é devido a que este estudo é baseado <strong>em</strong> um conjunto de suposições altamente<br />

subjectivas e extrapolações de uma base extr<strong>em</strong>amente limitada de dados <strong>em</strong>píricos (inquéritos aos agregados<br />

familiares <strong>em</strong> Maputo e Tete). A metodologia usada neste estudo é tão especulativa que nenhuma comparação útil<br />

é possível.<br />

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