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Pobreza e Bem-Estar em Moçambique - International Food Policy ...

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<strong>Pobreza</strong> e <strong>B<strong>em</strong></strong>-<strong>Estar</strong> <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>, 1996-97<br />

se na hora do inquérito ela ou ele estava vivendo fora da província na qual ela ou ele nasceu, ou<br />

se ela ou ele viveu antes fora da província durante pelo menos um ano.<br />

26<br />

migração.<br />

De 26.640 pessoas de 12 anos de idade ou mais no inquérito, 85,5 por cento nunca<br />

26<br />

migrou na vida (Tabela 2.49). Os indivíduos rurais têm menos probabilidade de ter<strong>em</strong> migrado<br />

(88 por cento nunca migraram) do que os indivíduos urbanos (74 por cento nunca migraram). Nas<br />

zonas urbanas, as pessoas de agregados familiares não pobres têm maior probabilidade de ter<strong>em</strong><br />

migrado do que as pessoas de agregados familiares pobres e ultra-pobres. As causas principais<br />

para a migração são a guerra (refugiados e pessoas deslocadas) e <strong>em</strong>prego. Outras causas<br />

principais de migração inclu<strong>em</strong> o casamento (a causa principal para mulheres), juntar-se a<br />

parentes ou a estudos.<br />

Nas zonas rurais, a guerra é a razão principal para a migração (cinco por cento), e aqueles<br />

que migraram devido à guerra têm mais probabilidade de estar<strong>em</strong> <strong>em</strong> agregados familiares rurais<br />

ultra-pobres e pobres do que <strong>em</strong> agregados familiares não pobres. Numa análise inter-cultural<br />

como esta, não se pode determinar se a migração é a causa ou um sintoma de pobreza. Não<br />

obstante, a migração anterior devido à guerra parece estar associada com níveis mais altos de<br />

pobreza nas zonas rurais. Como ilustrado na Tabela 2.49, não parece haver uma dimensão de<br />

género significativa para esta associação.<br />

Nas zonas urbanas, a razão principal para a migração são “Outros” (14 por cento) e a<br />

segunda razão mais comum é o <strong>em</strong>prego. Os não pobres têm maior probabilidade de ser<strong>em</strong><br />

migrantes de <strong>em</strong>prego do que os pobres e não pobres.<br />

Entre aqueles que migram por razões relacionadas com o <strong>em</strong>prego, exist<strong>em</strong> diferenças<br />

substanciais de género. Os homens têm significativamente maior probabilidade de migrar<strong>em</strong> por<br />

razões de <strong>em</strong>prego <strong>em</strong> ambas as zonas rural e urbana. Nas zonas urbanas, sete por cento das<br />

observações são migrantes de <strong>em</strong>prego masculinos e somente um por cento são mulheres. Nas<br />

zonas rurais a composição é dois por cento e 0,1 por cento.<br />

2.6 Medidas de <strong>B<strong>em</strong></strong>-<strong>Estar</strong> Não Baseadas no Consumo<br />

A privação t<strong>em</strong> muitas dimensões diferentes. As estimativas de pobreza apresentadas na<br />

Secção 2.3 estão baseadas no consumo, que como uma medida composta de b<strong>em</strong>-estar é<br />

defensível como uma das mais abrangentes. Como parte do perfil da pobreza na Secção 2.5,<br />

examina-se como alguns aspectos do b<strong>em</strong>-estar (como a educação e indicadores antropométricos)<br />

diferiam nos grupos pobres e não pobres definidos na base do consumo. A magnitude da<br />

justaposição entre os indicadores de b<strong>em</strong>-estar não baseados no consumo é um guia importante<br />

para a política pública. A falta de justaposição <strong>em</strong> particular é sugestiva da necessidade para um<br />

ataque directo aos aspectos não baseados no consumo da privação.<br />

Além dos dados na Tabela 2.49, a Tabela 2.48 desagrega os dados de migração pela imigração ou<br />

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