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Pobreza e Bem-Estar em Moçambique - International Food Policy ...

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<strong>Pobreza</strong> e <strong>B<strong>em</strong></strong>-<strong>Estar</strong> <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>, 1996-97<br />

iii) O índice do quadrado de pobreza diferencial é a média dos quadrados proporcionais<br />

dos déficits de pobreza. Em contraste com o índice de pobreza diferencial, esta medida reflecte<br />

a severidade da pobreza <strong>em</strong> que será sensível à desigualdade entre os pobres. 2<br />

Todas as três medidas de pobreza são m<strong>em</strong>bros da classe Foster-Greer-Thorbecke (FGT),<br />

e introduzidos por Foster et al. (1984) , que pod<strong>em</strong> ser descritas da seguinte maneira. A medida<br />

do FGT da pobreza individual é:<br />

p ",i ' [max((1&x i / z), 0)] "<br />

<strong>em</strong> que x é a despesa de consumo da pessoa i numa população de tamanho n, e onde z denota a<br />

i<br />

linha de pobreza, e " é um parâmetro não negativo. A pobreza agregada é simplesmente a média<br />

dessa medida <strong>em</strong> todas as pessoas, dando<br />

n<br />

P " ' j p ",i / n<br />

i'1<br />

O índice de incidência é obtido quando "=0, o índice de pobreza diferencial é obtido quando "=1<br />

e o índice de quadrado da pobreza diferencial t<strong>em</strong> "=2.<br />

2<br />

Por ex<strong>em</strong>plo, uma transferência de renda de uma pessoa pobre para uma pessoa mais pobre pode ser vista<br />

como redução de pobreza, e aumentará o índice de quadrado de pobreza diferencial, mas não alterará o índice de<br />

incidência ou o índice de pobreza diferencial (assumindo que o recipiente da transferência permanece abaixo da<br />

linha de pobreza). Além disso, o índice de quadrado de pobreza diferencial, satisfaz a propriedade de “consistência<br />

de subgrupos”, nomeadamente, que se a pobreza aumenta <strong>em</strong> qualquer subgrupo (digamos o sector rural) e não<br />

diminui <strong>em</strong> outra área, a pobreza agregada deve também aumentar (Foster and Shorrocks 1991). Outras medidas<br />

de pobreza sensíveis à distribuição b<strong>em</strong> conhecidas, como Sen (1976) e Kakwani (1980) não satisfaz<strong>em</strong> essa<br />

propriedades.<br />

3<br />

A estimativa dos dados do MIAF é consideravelmente maior que outras estimativas de b<strong>em</strong>-estar<br />

individual médio <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>, como os US$80 GDP per capita reportados pelo Banco Mundial (1997).<br />

60<br />

"$0<br />

2.3 <strong>Pobreza</strong> <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>: Estimativas para 1996-97<br />

Os dados do MIAF de 1996-97 indicam que o consumo mensal médio real <strong>em</strong><br />

<strong>Moçambique</strong> é 160,780 MT por pessoa. Isto equivale a aproximadamente US$170 por pessoa<br />

3<br />

por ano à taxa de câmbio médio prevalecente durante o período do Inquérito. Usando as linhas<br />

de pobreza derivadas no capítulo 1, a taxa de pobreza nacional (incidência) é 69,4 por cento,<br />

indicando que <strong>em</strong> 1996-97 mais de dois terços da população de <strong>Moçambique</strong>, ou 10,9 milhões<br />

de pessoas, encontravam-se <strong>em</strong> estado de pobreza absoluta. O índice de pobreza diferencial<br />

nacional e o índice de quadrado de pobreza diferencial são também bastante altos, 29,3 e 15,6<br />

por cento, respectivamente (veja-se a Tabela 2.1 para mais detalhes.)<br />

A incidência da pobreza é maior nas zonas rurais do que nas zonas urbanas (Tabela 2.1),<br />

com a incidência rural chegando a 71,2 por cento, comparada com 62,0 por cento nas zonas<br />

(2.1)<br />

(2.2)

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