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Pobreza e Bem-Estar em Moçambique - International Food Policy ...

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Poverty and Well-Being in Mozambique: 1996-97<br />

poderão fazer aumentar a segurança alimentar e nutricão dos agregados familiares ou dos<br />

indivíduos, directamente. Outros programas contribu<strong>em</strong> para o melhoramento da capacidade<br />

dos agregados familiares e dos indivíduos para fazer face às mudanças ou aos choques que<br />

afectam negativamente a sua situação, ao passo que outros programas reduz<strong>em</strong> o risco de<br />

esses choques vir<strong>em</strong> sequer a dar-se.<br />

Os dados suger<strong>em</strong> que a maioria dos moçambicanos têm dificuldades <strong>em</strong> todos os<br />

campos. Têm falta de segurança alimentar e nutricional. Estão sujeitos a probl<strong>em</strong>as de toda a<br />

ord<strong>em</strong>, incluindo o t<strong>em</strong>po e as variações dos preços, mas têm poucos recursos para evitar e<br />

reduzir estes riscos ou para fazer face às dificuldades. Deveria haver uma estratégia global<br />

para procurar promover a segurança alimentar e nutricional do agregado familiar e do<br />

indivíduo, para reduzir a possibilidade de ter de fazer face a esses choques e para lhes<br />

possibilitar a resposta aos choques quando eles vier<strong>em</strong> a dar-se.<br />

Para pôr a funcionar esta estratégia, o Governo central não necessita, e provavelmente<br />

não deveria, planear e administrar directamente programas vastos, integrados e<br />

multi-sectoriais. Porém, as agências do Governo deveriam incorporar um convénio de<br />

carácter multidimensional de segurança alimentar e nutricional nos seus planos e estudar até<br />

que ponto as suas acções afectam e são afectadas por outras. Deveriam procurar tirar partido<br />

das sinergias com outros programas, incluindo os das comunidades ou os de outros níveis do<br />

governo, que se destinam a compl<strong>em</strong>entar aspectos das causas da segurança alimentar e<br />

nutricional.<br />

Para ser<strong>em</strong> relevantes e estáveis, os programas deverão refletir as necessidades, os<br />

obstáculos e os recursos locais. O Governo deveria promover uma acção local, erigindo a<br />

capacidade local e os mecanismos para a sua participação. O Governo pode apoiar<br />

actividades locais com recursos financeiros, com cursos de formação e com os meios<br />

necessários para compartilhar os conhecimentos e as experiências com outras localidades. As<br />

directrizes nacionais que não fomentam a participação local e não tomam <strong>em</strong> consideração as<br />

necessidades e os recursos locais não têm probabilidades de vir a ter êxito a longo prazo.<br />

Os determinantes da segurança alimentar e nutricional são obviamente múltiplos e<br />

multi-sectoriais. A redução da pobreza não é uma garantia de que estes outros aspectos de<br />

b<strong>em</strong>-estar venham a ser alcançados. Na verdade, tal como estes resultados suger<strong>em</strong>,<br />

investimentos básicos e relativamente baratos na saúde e na educação do pobre pod<strong>em</strong><br />

contribuir de modo significativo para a redução da falta de segurança alimentar e nutricional,<br />

mesmo que os rendimentos não aument<strong>em</strong>.<br />

Da mesma forma, o aumento da produção agrícola não garante a segurança alimentar,<br />

e o melhoramento da saúde não pode garantir a redução da desnutrição. Os esforços feitos<br />

para alcançar a segurança alimentar e nutricional deverão apoiar-se <strong>em</strong> numerosos factores e<br />

concentrar-se nos m<strong>em</strong>bros mais vulneráveis da população, probl<strong>em</strong>as que as medidas<br />

tomadas <strong>em</strong> relação à agricultura e à saúde não poderão resolver, por si sós. Uma estratégia<br />

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