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Pobreza e Bem-Estar em Moçambique - International Food Policy ...

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<strong>Pobreza</strong> e <strong>B<strong>em</strong></strong>-<strong>Estar</strong> <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>, 1996-97<br />

crianças com menos de cinco anos têm maior probabilidade de obter assistência médica formal<br />

do que aquelas com a idade de cinco anos.<br />

O uso de serviços de saúde, conforme medido pela proporção de crianças que receberam<br />

vacinações completas ou que têm um cartão de saúde, é maior nas zonas urbanas do que nas<br />

zonas rurais, e dentro de cada zona, os não pobres têm taxas de cobertura maiores do que os<br />

pobres (veja a Tabela 2.37). Por ex<strong>em</strong>plo, nas zonas urbanas a percentag<strong>em</strong> de crianças com<br />

cartões é de 89 por cento comparado a 56 por cento nas zonas rurais. Em ambas as zonas, quanto<br />

mais pobre for a criança, menos possibilidades ela terá de ter um cartão, mas essas diferenças não<br />

são tão grandes como as diferenças regionais. Deste modo, mesmo os ultra-pobres nas áreas<br />

urbanas têm uma taxa de posse de cartões de saúde mais elevada do que os não pobres nas zonas<br />

rurais.<br />

Para vacinações completas a situação é a mesma: as diferenças regionais são muito<br />

maiores do que as diferenças entre níveis de pobreza dentro das regiões. A Tabela 2.37 dá a<br />

proporção de crianças com a idade de 1 a 4 anos que receberam pelo menos uma vacina, mas não<br />

um conjunto completo de vacinas. Nas zonas urbanas, somente 9 por cento das crianças que<br />

começaram as suas vacinações deixaram de completá-las. Nas zonas rurais 17 por cento das<br />

crianças começaram mas não terminaram as suas vacinações, indicando que uma vez que uma<br />

criança começa o conjunto de vacinas, ela t<strong>em</strong> probabilidade de completá-las.<br />

A Tabela 2.37 também indica a proporção de crianças com 2 a 6 meses que não tiveram<br />

n<strong>em</strong> sequer uma vacina. Essas crianças estão <strong>em</strong> risco de doença extr<strong>em</strong>amente alto. Nas zonas<br />

urbanas somente 3 por cento das crianças nesta faixa etária não tiveram sequer uma vacinação,<br />

mas nas zonas rurais a taxa é extr<strong>em</strong>amente alta. Trinta e cinco por cento das crianças nesta faixa<br />

etária não tiveram sequer uma vacinação, com a taxa reduzindo um pouco para crianças de<br />

agregados familiares pobre.<br />

Como mostra a Tabela 2.37, uma <strong>em</strong> cada 6 crianças nascidas <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong> t<strong>em</strong> baixo<br />

peso ao nascer, definido como inferior a 2,5 Kg. O baixo peso ao nascer reflecte tipicamente um<br />

estado de saúde precário ou o estado nutricional da mãe durante a gravidez, ou ainda aumento<br />

de peso insuficiente durante a gravidez, ou ambos. Os bebés de baixo peso ao nascer estão <strong>em</strong><br />

risco elevado de contrair probl<strong>em</strong>as de saúde no futuro, especialmente no período imediatamente<br />

após o nascimento. A taxa de baixo peso ao nascer é maior entre os pobres do que entre os não<br />

pobres, e maior nas zonas rurais do que nas urbanas.<br />

A Recolha de dados do MIAF inclui as medidas de comprimento (ou altura) e o peso de<br />

todas as crianças com menos de 5 anos. Esses dados foram então usados para estimar a<br />

prevalência da desnutrição crónica (raquitismo ou baixa altura-para-idade), desnutrição aguda<br />

(ou baixo peso-para-altura), e com peso baixo (baixo peso-para-idade), usando as alturas e os<br />

pesos de referência recomendados pela OMS (1995).<br />

Os resultados para estas medidas estão apresentados na Tabela 2.38. Antes de apresentar<br />

as estimativas prevalecentes, é importante notar que uma proporção extr<strong>em</strong>amente grande –<br />

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